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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Quem é esta miss que está na minha cozinha e é tão parecida comigo?

São 16:38 e eu já tenho uma panela de sopa a ferver (a sopa, não a panela), estou a fazer arroz de milho e ervilhas para congelar em doses individuais para a mini-bolacha, e ainda vou fazer um chilli vegetariano. Se me dissessem, há cinco anos, que no dia 21 de Janeiro eu estaria a fazer sopa, arroz para congelar em doses individuais, e um chilli vegetariano, eu mandava-vos passear. E  depois ia trabalhar, que a minha vida não era isto. Olha eu a fazer sopa, arroz para congelar em doses individuais, e chilli vegetariano, t'á quieto ó moço, como se eu não tivesse vida...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

É a pronúncia do norte

Aqui, no norte do país, e segundo um grande número dos meus alunos, até a mediana (medida estatística de tendência central que corresponde à observação que divide a amostra ou população ao meio) se escreve médiana (pronunciando-se, portanto, médiána).
O (des)acordo ortográfico a eliminar acentos e os meus alunos a inventá-los. Há algum equilíbrio nesta dialéctica.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Motivação para dias de frio #2

A culpa não é minha, amigos, afianço-vos que não é. A culpa, que por inércia e fadiga (estou acordada desde as três da manhã) não consigo atribuir à Troika, é da cara, não da revista, mas do livro da mesma, também há quem jocosamente lhe chame Fuças, ao site, mais uma vez não à revista, ou Feice, que também pode ser uma versão onomatopaica de um "faze favor feice a porta" da minha ex colega de apartamento que por cá vim avisar que o pouco que tinha em inteligência largamente compensava em vontade de ser e pretensão a saber estar e dizia "guce" em vez do mais italiano e a meu ver bem mais caro Gutchi, assim com maiúscula e tudo.
Ora não sendo minha a culpa, infelizmente também não o é o gingado, bem que eu gostaria, mas às vezes parece que tenho parafusos nas ancas que não as deixam rebolear assim com tanto saracote.
Hoje, para aquecer o dia e quiçá preparar um Carnaval, junto a um qualquer rio do nosso Portugal ou de parcela de território de nacionalidade mais criativa, aqui vos deixo uma lição de samba (são duas, até, sou alminha generosa).
Às misses, descubramos entao a gostosona que há em nós (ou a gaja com tendência para a comédia física). Aos misteres, público masculino deste estaminé, eu recomendo uns passinhos gingados também (tenho para mim que gajo bom de pé é bom de outras coisas também.)

Lição #1 (introdução quase indolor):


Lição #2 (para entusiastas):


P.S. Adoro um belo par de pernas.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Das coisas que nunca perguntei enquanto namorávamos

É certo que bem cedo (ou adequadamente cedo) tratei de saber se era dog-lover ou se tendia mais para gatos. Se era vegetariano, vegan, alérgico aos amendoins ou à lactose, se cheirava mal dos pés. Se gostava de ler ou de ir ao cinema (eu nessa altura ainda gostava, depois é que fiquei traumentalizada da minha vidinha e desde 2008 que nunca mais lá pus os pés). Se gostava de cozinha portuguesa, em particular de lulas. Se era asseado e estava bem treinado na arte de deixar o assento da sanita pousado (foram até hoje raras as vezes em que, distraída, molhei as partes pudibundas). Se era mais montanha ou mais mar (diz que duas horas de praia são "one day at the beach", true story, mas estamos a trabalhar nisso).
Nunca me ocorreu, todavia, ainda mademoiselle, perguntar se gostava de brincar com bonecas. Se sequer sabia.
Gosta. E sabe.
Melhor do que eu, atrevo-me a acrescentar.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Diz-me onde te lêem que eu digo-te que tipo de blog tens

Em conversa com um amigo momentaneamente em São Paulo (o amigo, eu estava sentada no chão mesmo à frente do sofá, descendência do lado esquerdo a não perder pitada da Rua Sésamo), digo-lhe que vá ler o meu blog (se não fizer publicidade a mim própria quem fará, certo?). Quando me responde que não tem tempo, digo-lhe que o leia na casa-de-banho. Ouvi afinal dizer de fonte que julgo ser segura que a tal se presta com inquestionável serventia. Não tinha a sugestão ainda findo o seu caminho da sinapse até à ponta do dedo quando logo outra ideia se atreveu nesta massa que é suposto ser cinzenta mas que eu, até prova em contrário, acredito ser vermelha às bolinhas pretas.
Bolas*, logo agora que eu estava quase quase a sentir os picos comichosos da presunção.

*Aqui en lieu da outra palavra de sentido mais escatológico, acho por bem habituar-me a esta edição do português, não vá a cria fazer como no outro dia.

sábado, 5 de novembro de 2011

Do sentido de humor (ou da falta dele)

Ontem, enquanto ouvia o pac pac pac das gotinhas de chuva a cair no telhado*, pensei que o São Pedro tem um sentido de humor fodido.
São Pedro 1 -- Maria Bê 0.

*Ultimamente tenho ficado na dúvida: ouvir gotas de chuva a caírem ou a cair? É que vejo de tudo... Ajudais esta inepta da prosa, da palavra escrita, e do palavreado cantado?

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sabes que estás nos EUA quando...

Quando... já lá vamos.
E antes de lá irmos, seja "lá" onde for, esteja onde estiver, convém que vos diga o porquê desta nova rubrica. O nome, "sabes que estás nos EUA quando...", é self-explanatory, inglesismo que eu botei aqui porque achei que era apropriado dado o tema da rubrica.
É que há coisas que eu vou vendo, algumas delas até vou fotografando na expectativa de arranjar uma nesga de tempo para vos cá vir saudar, que me fazem pensar "epá, estás mesmo na América" que, dentro da minha cabeça, sabe-se lá por obra de quê ou de quem, tem um sotaque meio portuense, meio bracarense, meio aparvalhado, e então "América" soa mais ou menos como "ameiricâ", coisa que por estes lados se escreveria foneticamente como "ameiricuh", infantilidade à qual não resisti por causa da extremidade por ali metida.
Ora a estalada da testa de hoje foi a existência de casas de bonecas étnicas, coisa que até faz muito sentido, faz sim senhor (ou senhora!) mas a que, por estar na terra onde o politicamente correcto me entra por todos os orifícios sem pedir licença ou agradecer no fim, achei piada.

Fisher-Price My First Dollhouse (caucasian family)

Fisher-Price My First Dollhouse (african-american family)

Acho que faz todo o sentido que haja bonecos étnicos, e só tenho pena de não ter encontrado uns asiáticos, que os deve haver, para os pôr aqui. Acho excelente que os meninos possam brincar com brinquedos que tenham a sua cor, o seu formato de olhos, o seu tipo de cabelo (estou a lembrar-me de um livro de uma amiguinha da minha filha, a T., que é sobre o quão lindos são os seus cabelinhos encaracolados, e que são mesmo, e fofinhos). Assim como com os outros.
E agora poderia lançar-me num interessantíssimo exercício de sociologia, economia, e sei lá mais que "...ia" sobre o assunto, mas helás, não temos tempo (que quase me atrevo a dizer, felizmente).

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Hipóteses científicas

Pergunto-me o impacto do humor no degelo da calota. A do Norte, lugarejo friorento onde vivem as renas, o Pai Natal, os elfos, e uma ursa quadripolar que em bom momento saiu da hibernação.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Contra a idade marchar, marchar!

É engraçado como é que um mesmo texto pode ter interpretações tão diferentes e gerar anuências tão distintas.
Aquela artista da palavra escrita em rosa cueca que é a Rititi escreveu há meses um texto que eu achei simplesmente delicioso, como acho tantos, mas que deixou em mim sensações contraditórias que eu, por desleixo e comodismo, não quis muito aprofundar. Mas hoje, que até já vou no terceiro post, é dia.
E é dia porque se alinharam os astros num conjunto propício a que finalmente cá venha dizer que ainda bem que ela é assim mas a newsletter que eu subscrevo é outra. Isso dos zodíacos e as palavras da Poisoned Apple sobre o não querer amamentar para não desfear as maminhas, coisa que eu, quer concorde quer não, não vou aqui discutir porque cada gaja sabe de si (e das suas maminhas).
Publicado pela Rititi a 8 de Julho, o post sem título mas com um vestidinho da moda revela uma mulher que, do alto dos seus 36 anos, abraça com vigor a passagem do tempo e da maternidade e reconhece que, do alto dos seus 36 anos, seria/é uma parvoíce tremenda (palavras minhas) querer parecer ter 25. Escreve, com um tom que eu imagino ter um sorriso e um quase bater na mesa,"[q]uero parecer a idade que tenho".
Eu sinceramente gosto de a ler estas tiradas fervorosas, gosto de saber que mulheres há que, não desistindo dos vestidos e dos sapatos giros e dos restaurantes e das viagens e do estilo, entendem o passar do tempo como uma história que se escreve a rugas e manchas, a flacidez e perda de brilho. A sério que gosto.
Mas eu não sou nada assim, bolas!
Eu quero a minha barriguinha de antes de ter a cria, eu querer querer até queria era ter as maminhas meio tamanho acima, coisa que me envergonha um bocadinho dizer porque elas se mantiveram direitinhas e não despencaram mas podiam bem (odeio parecer ingrata com o universo!). Eu quero a minha testa sem o cabrão do melasma que desde 2005 a manchou e parece que vai alastrando sem dó nem piedade e me faz parecer uma quase leoparda, não importa o peeling, o creme, a pomada, e o protector solar. Eu quero o meu rabo ainda com só duas bochechas, agora parece que cada bochecha tem direito a uma toda sua de bónus, eu quero não saber o que são hemorróidas (já te falaram disso, cara maçã?, as estrias e a gordura localizada são o menor dos teus problemas). Eu quero não ter os pneuzinhos que mamãe apertou enquanto me besuntava de protector solar e afirmou não gostar deles, ao que eu retorqui que isso era uma infelicidade pois que eles gostavam muito dela.
Fora os souvenirs da gravidez, eu quero parecer ter, não 25, mas 26 anos, idade em que tomei a decisão de me mandar para o outro lado do oceano e senti ter o destino nas mãos, senti que era eu quem tomava as rédeas da minha vida, num daqueles momentos que sabemos na medula ser decisivo (assim como assim até atravessar a estrada o é, nós é que não paramos para o interpretar à luz desta lâmpada tão conscientemente emocional).
Não podendo voltar atrás no tempo, coisa com a qual eu até vou sonhando acordada, juro que tento não parecer ter 35, quase 36, anos. E uso cremes e loções, truques e poções. Uso anti-rugas e ponho base, faço abdominais e juro que assim que chegar aos US irei para o ginásio tentar recuperar os 52 quilos que tinha quando vivia no condomínio com ginásio e corria dia sim dia não. Hoje os 53 quilos estão distribuídos de modo que eu não gosto, a gordura não deixa esconder o leite/café com bolachas que me delicia depois das refeições, e a flacidez é a primeira a acusar que há três anos que eu não vou ao ginásio. Eu sou ou tenho mas não quero, e gosto mesmo quando alguém me diz que eu não (1) pareço ter uma filha e/ou (2) não aparento a idade que tenho.
Pode não ser blogosfericamente correcto, mas eu quero resistir, e contra as mazelas da idade e os efeitos da gravidade e da preguiça marchar, marchar!
Ah sim, os anos têm-me deixado mais sábias, mais zen, mais tranquila. Foda-se, eu que seja sábia, zen, e tranquila aos 90.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cu-cu!

Só para ver se ainda andais por aí.
Eu tem dias. Tem dias que ando, tem dias que nem por isso. Todos os dias, porém, me lembro deste canto e penso que não fiz caso do pedido que vi algures de não abandonar o blog neste Verão, a bandida, e que por isso tem andado à míngua, tadito, e eu com tanta foto guardada, a sério! Do menino da lágrima em casa do avô para um momento kitsch, da garniza em cima de 24 ovos (nós contámos!) da casa do Q. para um momento "eu cresci assim e agora nem me lembrava"... até andei a cansar mamãe para me tirar fotos ao cabelo para eu cá vir estrear um corner de dicas de beauté de Maria Bê, que rima e tudo e por isso vai ser tão bonito...
Suspira.
Ainda não será hoje.
Ainda por cá andais? Andais felizes com o tempo (sei lá, a malta fala sempre do tempo quando não sabe o que dizer que eu lembrei-me)? E que me dizeis da crise? Tendes feito algum pudim de ovos? -- não quis acabar com uma nota amarga. Se o que vos impede é a ausência de receita, encontrei aqui uma, com vídeo e tudo. Quem é amiga, quem é?
E agora vou-se-me, que a minha vida não é isto mas eu tenho saudades.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Egotismo, uma definição

Hoje, ao romper da onze e meia da manhã, Maria, sua cria, e sua mamãe, rumaram ao Norte. O Algarve, de tão triste, chorou lágrimas de chuva. Algumas tão gordas que elas próprias tinham chuva nas suas lágrimas.
Choveu a potes, foi o que foi.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fartura, uma definição #2

Viemos a banhos, rumo ao Sul, duas mães e duas filhas, com um, dois, três, quatro, ..., sete, oito -- oito!?!?! -- protectores solares:

Protectores solares, Verão de 2011

Já vos disse que somos três mulheres, uma das quais com menos de um metro? Para quê tanto creme, tanto leite, tanta loção, tanto spray, ele é líquido, ele é espesso, ele é com cor, ele é branquinho, ele é para a cara, ele é para o corpo, ele é caro, ele é barato, ele é da farmácia, ele é do supermercado, ele é comprado em Portugal, ele é comprado nos EUA, ele é pequeno, ele é grande, ele é para as grandes, ele é para a pequena...
'Mas Maria', dizeis vós já a reconhecer que eu estou um nadinha embaraçada ante o consumismo despesista nada condizente com os apertos que vai sofrendo o país (e que eu também vou sofrendo também em parte por causa da roupa que vai deixando de me servir, culpa naturalmente dos Glutões que vão confundindo nódoas com tecido e assim me encolhem a roupa), 'o oitavo é somente uma amostrinha, nem devia contar'. 'Pois, tendes razão', balbucia cabisbaixa Maria, 'é que eu esqueci-me de um'.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Proibida a entrada a animais (bichos são bem vindos)*

Ontem, enquanto esperávamos por mesa à porta do restaurante A Broa, em Vilamoura (cujo nome e localização aqui vos deixo com recomendação/súplica de que, se estiverem por perto, lá vão e comam um peixinho grelhado), vi um autocolante que tive mesmo de "fotografar para o blog" (entre aspas porque é uma expressão que, apesar de por cá não se vislumbrar sinais dele, ilustra o pensamento que várias, imensas, incontáveis quase!, me assolapa e que normalmente me leva a fotografar a torto e a direito coisas que depois vão enchendo folders atrás de folders com nomes sugestivos do estilo "fotos para blog", "coisas giras", ou outras variantes que já afirmei mas reitero para os mais distraídos que têm nomes sugestivos, mas que depois, por motivos que eu mentindo digo serem vários mas que de facto não são, são apenas uma mistura mal amanhada de preguiça, comodismo, desleixo, e alguma falta de tempo que eu facilmente venceria se passasse menos tempo a fazer definhar o cérebro à mesma velocidade a que expando o nadegueiro, o esquerdo e o direito, realmente nunca aqui trago, coisa que até muito me incomoda pois que tenho muito carinho pelo meu blog, que me fez muita companhia enquanto nos EUA e me fez conhecer gente muito janota e outra tanta que eu não conheço mas sei andar por aí -- leitor/a de Moçambique, desta feita só para ti um beijo em moçambicano, que é como quem diz um beijo, esperando eu que tenhas notado que tentei cantar mais um bocadinho como suponho serem cantados os beijos por eles ditos e, já agora que cá estou algo despudorada, talvez por escrever em trajos praiísticos, bem beijados).

(Ah, que saudades que eu tinha de escrever estes considerandos que ocupam mais espaço do que as frases com o conteúdo que eu oficialmente quero escrever...)

Ora ontem, enquanto esperávamos à porta do restaurante, algo escondido no vidro algo nem por isso, que os avisos que avisam nossos amigos são, cheios dos quais estão os infernos (coisa que ouvi no CD dos La Union ao vivo -- saudação agora à miúda que eu era aos dezassete anos e ouvia o Lobo Hombre en Paris tantas vezes e mais algumas até me cansar dos repetitivos Play/Rewind/Play/Rewind no gravador/leitor Sony que mamãe me ofereceu a meias aquando dos meus dezasseis anos), vi este aviso ou proibição ou o que seja que eu pensei ser muito útil a alguns bloggers:

Aviso,  restaurante A Broa, Vilamoura, 29 de Agosto, 2011

Não sendo este o texto em que vou discorrer sobre a pobreza intelectual daqueles que vêm ler um blog e deixam, quais animais, comentários escatológicos nos quais insultam o autor dos textos, é este o texto em que afirmo que blogs há que deviam ter este aviso.
Um exemplo que me anda aqui entalado é o do caso do Jorge, cuja câmara regista momentos que me deleitam e cujas palavras, quer de autoria própria quer de autoria daqueles que cita são sempre ternuras que acompanham os instantâneos, que foi plagiado a torto e a direito por quem tem tanto respeito pela obra alheia como pelos folhetos do Pingo Doce (se calhar por estes tem mais, há promoções no arroz e no óleo vegetal que não são de perder). Fiquei tão incomodada que nem consegui escrever nada na caixinha de comentários do blog. Animais. Devia ter-lhes sido proibida a entrada no teu blog, ó Jorge!
E eu que ontem fiquei tão agradada quando, por volta das quatro da tarde, e estando as minhas meninas a dormir a sesta no quarto, me levantei do sofá e, talvez a um metro do aparador, estava a gatita aqui do complexo, felpuda e gorducha que só ela, sentada, talvez a fugir ao calor, talvez não. Entrou assim, sem pedir licença, que se tivesse pedido eu não lha teria dado, e assim me fez sorrir um sorriso que eu sem dúvida não teria sorrido caso a dita licença tivesse sido questionada. I'm not a cat person, que fique aqui claro, mas sou um bicho-person (pássaros não são bicho!), gosto de bichos. Mas há animais que nem bichos são.

*Adenda emparentesiada ao título para clarificar que Maria gosta de bichos, bicharecos, e bicharocos (menos de pássaros, que não são bicho).

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Interesting, my dear Watson!

Hoje de manhã, não eram ainda oito mas quase, tocou o telefone, coisa que nunca deixa de me alarmar pela improbabilidade de alguém esperar pelas oito da manhã para dar boas notícias.
Do outro lado da linha uma senhora a falar francês e a perguntar qualquer coisa sobre eu ainda estar interessada no apartamento na Fiuzetáááá (na semana passada contactei não sei quantos proprietários que listaram as suas mésons, apartmãs e afins no homelidays.pt e quase ninguém respondeu).
Chamo mamãe, que tem um franciú superb, e peço-lhe que fale com a senhora. Diz-me mamãe, uma vez trocadas as saudações, que a senhora está já a falar inglês e que isso é mais do meu department.
Ouço então uma voz meio irritada (a chamada era internacional, a mulher não devia estar nada satisfeita):
"Madame, arrre you interesting?"
"Non, madame, I am not."
E foi assim que descobri que não, não sou interessante. O desmoronar de um sonho...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Amanhã, e durante uma semana, ao sal, perdão, ao sol

Aqui, na Casa Flor de Sal, algures em Olhão, acho bem que seja nos Algarves, sem o duplo "l" que cá não se usam essas mariquices.

Casa Flor de Sal, Algarve

Se achardes bem aparecei, que sou moça que gosta de uma boa conversa. Também sou moça a quem não incomoda o silêncio. Sou moça de muitas coisas, parece(-me/nos). E amanhã, e durante uma semana, serei moça de botar as carnes de molho e as peles ao sol (não em demasia por causa das rugas, mas o suficiente para abandonar o aspecto lula, espero).

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Em altura de festas populares, a moda (do pisca pisca)

Hoje, por motivos que não vêm aqui ao caso, alembrei-me de uma música que lá para 1997 fazia as delícias dos portugueses que se acotovelavam para, de queixo caído perante aquela jovem de vinte anos, ver a artista do "So à estalada" dançar e cantar "A moda do pisca pisca".
Fórmula de sucesso assente em pleonasmos (também há um Truka Truka e um Mexe mexe que eu gosto), Ruth Marlene, que até já ouvi de boca de quem confio ser moça muito simpática, terra-a-terra, e amorosa, pois que até ao meu avô deu um beijo na bochecha, bochecha essa que o próprio jurou não lavar durante pelo menos uma semana, começou a sua carreira musical aos oito anos com o seu irmão Ivo (eu é que gosto destas demonstrações de amor fraternal).
Correndo já o ano da graça de 1990, lançou o seu primeiro álbum, "A paz é sempre bem-vinda" (ai tão bónito!), e daí até ao sucesso pleno das festas e romarias de Verão foi só um saltinho, com o seu "Só à estalada" correndo de romaria em romaria, sardinhada em sardinhada, enquanto ensinava ao rapaz que viesse com ela fisgada que dali não levava nada, ai dali não levava nada! Mais! Ruth apressava-se ainda a esclarecer que quando algum quisesse fazer logo marmelada, então só à estalada, ai então só à estalada!
A moça tratou, porém, de resolver algum deste puritanismo e decidiu, lá para meados de 2009, posar com a sua irmã Jessica (eu não digo que ela está para o amor fraternal como eu estou para as bolachas torradas?) para a edição portuguesa da Playboy (a de Janeiro de 2010, com um making-of aqui para os mais curiosos). Tinha já sido capa de revista da FHM em 2008, pelo que deduzo ter tomado o gosto às produções com menos roupagem. Felizes do leitores de ambas as revistas, digo eu, que a gaja é boua boua, mas podre de boua (que eu sou muitas coisas mas não sou invejosa e até gosto de olhar para uma coisinha jeitosa).
Ora bolas, não há dúvida que sou rapariga que não consegue levar a bom termo uma empreitada e se distrai. Sem mais delongas, pois que sois malta ocupada, aqui vos deixo, a todos em geral e a uma leitora em particular, que é easy como um Domingo de manhã, a moda do pisca pisca.


A moda do pisca pisca, Ruth Marlene

Todos os homens têm suas artimanhas
P'ra conquistar fazem coisas geniais
Mas as mulheres já conhecem suas manhas
Sobretudo o piscar de olhos que é o que eles usam mais

A piscadela dizem eles nunca falha
E é um gesto que em nada parece mal
Por isso andam por aí aonde calha
Onde houver mulheres bonitas só se vê este sinal

refrão
Eles olham para a direita, e pisca, pisca,
Eles olham para a esquerda, e pisca, pisca
Andam praí a piscar p'ra ver se arranjam conquista
Parece que está a dar, e que veio p'ra ficar
A moda do pisca, pisca

O pisca pisca é um truque muito usado
Segundo dizem, desde os tempos que há memória
E até parece que os seus belos resultados
Vêm de longe ai segundo reza a história

A piscadela dizem eles nunca falha
E é um gesto que em nada parece mal
Por isso andam por aí aonde calha
Onde houver mulheres bonitas só se vê este sinal

Adenda: Com esta minha pesquisa breve ainda fui descobrir que a jovem se considera "sincera, extrovertida e bem-disposta" e que, não sabendo cozinhar, tem no bife grelhado com queijo o seu prato preferido. Adepta do "tudo o que não me mata, torna-me mais forte", se a cantora fosse um animal seria um leão e se fosse um objecto seria um telemóvel, para estar em todo o lado. As coisas que eu vou aprendendo...

sábado, 6 de agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cof, cof, mamas, e o que eu gosto de um diminutivo*

'Inda se me estou engasgada com esta coisa da Dótora. Mais se me engasgo com esta sensação de que a bússola se me avariou e que o Pólo Norte mudou de sítio.
-- Cospe, cospe, bate nas costas, tosse e cospe mais um bocadinho --
Todavia hoje o dia foi feliz e sinto que o devo partilhar. Fui mostrar as mamas ao doutor e o gajo, entre dizer-me que a dor que tenho é de uma qualquer coisa costal blá blá blá paleio técnico blá blá blá e que está tudo muito bem, ainda me perguntou se sou escritora (ou, ante a resposta negativa, se sou professora de português), é que falo diferente, explica. Blá blá blá mamas saudáveis e ainda um elogio à minha eloquência. Uma gaja ali em mamas e prontos, lá se me vai o doutor comentar o léxico (o que, gaja desejosa que lhe passem a mão pelo pêlo que sou, bem me soube -- e nada de chalaças com mãos nas mamas/dito pêlo).
Mas fica já aqui o aviso que quando me passar o efeito dos três copos de rosé que bebi ao jantar e a euforia do blá blá mamas que se recomendam volto para comentar esta bicheza que se anda por aí a pegar nos blogs e que os extermina como se fossem grilos (lá em casa matam-se os pobres por não se matarem os escorpiões, long story, cadeia alimentar, essas coisas).
Nos entretantos descobri esta pérola nos comentários ao último post da Jonas das Nozes, uma ripostadela com finura e que eu acho devia ter sido usada lá pelo blog da Dótora I. (e da Pólo dos Nortes). Ora vede e depois dizei coisas:
De jonasnuts a 25 de Julho de 2011 às 21:32


E se fosses para o caralhinho?


Se não gostas da história, vais-te embora, e não voltas, ó palerma. Isto é meu blog, escrevo o que eu quiser.
Há quem ache que se devem ignorar os imbecis, que não se deve alimentar o ego alheio respondendo a insultos de baixo nível. Eu às vezes penso assim mas depois leio comentários destes e só me apetece desatar a bater palminhas. Mesmo que a malta deteste diminutivos pois que, como diz a Jonas mais à frente, "Para pessoas pequeninas.... só uso diminutivos :)" (explicando o uso do caralhinho).
E a mim que só mandam ir dar banho ao cão...

*Se isto não é um título convidativo não sei o que é.