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segunda-feira, 2 de julho de 2012

C is for Cookie Cucumber*


Oh nooooooooooooooo! Ao fim de 43 anos, o Monstro das Bolachas perde as ditas. Este mundo está perdido...
Na verdade, não é de hoje a adopção, pelo MB, de uma alimentação saudável, em prol das suas artérias (e quiçá motivado por um contrato mais chorudo com alguns lobbies agrícolas). Não percebo é por que é que hoje foi uma das notícias do jornal da tarde da SIC. Por outro lado, os anúncios da Depuralina andam ao rubro. Está decretado o começo oficial da silly season!

*No original "C is for Cookie (That's good enough for me! Oh Cookie, cookie, cookie starts with C!)". Versão pepino aqui.

sábado, 30 de junho de 2012

Em primeiríssima mão: Tomás das Cruzes e Cátia Vanessa Carvalho Azinheira*

Estão a divorciar-se, o Cruise e a Holmes.
Não, I did not see it coming, como tantos arautos da desgraça hão-de proclamar. Achei estranho o gajo aos pinchos em cima do sofá da Oprah, mas a paixão dá doideira mesmo, e se não há doideira e/ou pincho mais ou menos literal, não há paixão. Também aquelas coisas da cientologia me dão alguma coceira, mas cada um é p'ró que nasce e gente há que acredita no Creacionismo e eu não desato ao insulto. Cada um sabe da sua fé e onde acende as suas velinhas (ou não) (se alguém resolver ultrajar a Nossa Senhora de Fátima e a Nossa Senhora de La-Sallete também tem de ser ver comigo e eu sou moça que vale por dois).
E prontos, you heard it here.
Talvez haja salvação para o blog. Estarei branching-out, talvez. Qualquer dia venho falar de carteiras caras. Sapatos bem que podia, sou da terra da Helsar e do Luís Onofre e conheço os big bosses.

*Holm-oak é um carvalho, mais precisamente uma azinheira. Obrigada ao Jorge Nunes pela correcção!

sábado, 9 de junho de 2012

As prioridades e os interruptores

daqui

Há muitos anos, o Herman, o José de sobrenome alemão esquisito, disse, talvez no Tal Canal, uma verdade que me tem acompanhado. Não me lembro se o sujeito da frase era "a vida", mas francamente este é um pormenor de somenos importância (diz uma busca pelo Oráculo do Google que sim, que é mesmo a vida). O que de relevante tinha a frase viria a seguir, verbo incluído: "é como os interruptores, ora para cima, ora para baixo". E se a vida é como os interruptores, também as prioridades às vezes o são. Eu explico, se me derdes licença.
Foi em Novembro do ano passado, mais dia, menos mês, que descobri que no segundo semestre deste ano lectivo que agora termina daria cinco disciplinas. Uma, já repetida, com um blá blá blá interminável e que me custa imenso ensinar, pois que se era aquela a minha vida antes do doutoramento, deixou de o ser, outra, uma disciplina cuja primeira metade já tinha dado, e três disciplinas novas. Destas, uma dada ao nível de mestrado, que "só" duraria quatro aulas, nada mais que verborreia, de políticas europeias. De quê, valha-me Deus?! Que sei eu das políticas europeias?! Também já ensinei isso noutra vida, quando ainda éramos quinze e o euro uma novidade, mas hoje... arrepios frios... Outras duas. Uma de macroeconomia, a um nível tão básico que eu devo ter aprendido isso na licenciatura há quase vinte anos, e outra de estatística descritiva e rudimentos de probabilidades, nada difícil mas trabalhosa porque já dei probabilidades há dez anos e o bom de se aprender teoria das probabilidades é, para alguns, esquecê-la.
Claro que, com as aulas, um horário medonho. Só à Quinta-feira, por exemplo, dava dez horas de aulas. As Sextas eram dia de enxaqueca, aprendi-o rapidamente, a exaustão do dia anterior era superior à minha resistência.
Entre tanta azáfama, uma gravidez, às três pancadas encaixada na minha indisponibilidade para sequer ter vida pessoal (às minhas amigas, por exemplo, cheguei a dizer-lhes que só estaria relativamente livre em Abril, para me esquecerem por completo durante Março!). E uma filha que só via ao Sábado e ao Domingo, mini-bolacha ficava com a minha mãe durante a semana, um colo seguro e tão (ou mais) competente que o meu.
E assim se passaram os meses desde Janeiro, a trabalhar para dar umas aulas minimamente decentes e aceitáveis para os meus padrões. Com uma carga docente tão brutal, não me sobraria tempo nenhum para a investigação, pelo que abracei a nova realidade sem me queixar em demasia (pobre Cris, que aguentou tão estoicamente os meus lamúrios..., entre tantas outras coisas, amizade é isto mesmo, ouvir queixumes contínuos e familiares como se fossem sempre novos e quase improváveis).
Workaholic profissional, tinha sempre mil e uma tarefas para acabar, desde a preparação das próprias aulas aos trabalhos de casa e questiúnculas absurdas de que os alunos se lembram (recebi um email de uma aluna de uma disciplina da qual sou coordenadora no qual constava, alturas tantas, "aviso-a já que" -- como!?!?). Top priority, portanto, trabalho.
Até que, na Quarta-feira, dia 30 de Maio, faltavam dois dias para o fim do período lectivo, exactamente três aulas, pumba, o que era top ficou bottom e o que era bottom ficou top. "Upside down", como alegremente diz a minha filha de mãos e pés no chão e rabo bem arrebitado. Contracções. Urgências obstétricas. Amigos em tumulto. Repouso (daí o turismo). Se o trabalho desse saúde os doentes estavam todos no activo, penso.
E as disciplinas, os alunos? Teimo em fazer os testes e ainda pensei que os conseguiria corrigir. Estúpida, não consigo estar ao computador mais de meia hora sem que as contracções voltem. Mas algo se há-de arranjar. Só tenho de me lembrar e relembrar que agora a prioridade é o biscoito. Que tem de ficar no forno a engordar e crescer (brinco muito com mamãe dizendo que me sinto um ganso ou pato na engorda para fazer foie gras, mas é um bocado assim).
Felizmente temos televisão por cabo. E com o descanso as contracções acalmaram.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Também eu vou/gostava de escrever sobre os Globos de Ouro da SIC

Ou sobre a gala. Ou sobre a passadeira vermelha. Ou...
O problema é que foi tanto vestido, tanta entrevista, tanta pergunta desinteressante, ..., e eu pasmada a olhar para a cruz em néon verde que brilhava em todo o seu esplendor a assinalar o estado de actividade da farmácia bem atrás da passadeira vermelha. E perdida cá comigo a pensar como é que os clientes lá chegariam e o que iriam comprar... assim foi até mudar de canal.
A distrair-me assim nunca serei fashion blogger...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Das coisas boas de ser professora

É ter alunos (uma aluna, vá), a entrar-me no gabinete, três anos depois de lhe ter dado aulas, tão genuinamente feliz por me ver como eu a ela e eu lembrar-me do nome dela e do nome dos amigos, grupo giríssimo e interessantíssimo de miúdos que eu tive o prazer e privilégio de ensinar. Lembrar-me que queria ir para Itália (e foi!) e que tinha um namorado aborrecido (que num é mais). Lembrar-me que ambas detestamos pássaros. E lembrarmo-nos do quão porreiraças eram as aulas (às vezes).
É daquelas coisas que me deixa mesmo feliz. Levou abraços e beijnhos para os amigos. De minzinha, sem o "professora" antes, como devia ser.

sábado, 21 de abril de 2012

Das coisas boas de se ser uma aniversariante blogosférica

Para a Catita mais Rita, com um sorriso a valer por 30!


A Rita é catita
E só irrita a almoçar
Ó Rita
A batata frita
Não chega
P'ra alimentar
A Rita fica aflita
E até grita
Se lhe dão
Sopinha de legumes com cebola e feijão

Tens de comer cenoura e grão
Muita alface e muito agrião
Vitaminas , minerais
E proteínas Rita senão não cresces mais
E proteínas Rita senão não cresces mais

A Rita é catita
Só irrita a almoçar
Ó Rita se és bonita
Não chores sem parar
O peixe é saboroso
E as couves também são
Ao lanche bebe o leite
Come queijo com pão

Se comeres bem podes brincar
Sem estares doente e sem te cansar
E na escola aprendes mais
Rita vá lá come e não irrites os pais
Rita vá lá come e não irrites os pais

A Rita é catita
Só irrita a almoçar
Ó Rita a batata frita
Não chega p'ra alimentar

A Rita fica aflita
E até grita
Se lhe dão
Sopinha de legumes com cebola e feijão

Se comeres bem podes brincar
Sem estares doente e sem te cansar
E na escola aprendes mais
Rita vá lá come e não irrites os pais
Rita vá lá come e não irrites os pais

sábado, 31 de março de 2012

Das coisas que (des)aprendemos com os alunos

Começo por avisar que podia ter escolhido um título diferente para este post (que prevejo se venha a tornar numa série não tarda nada). Concretamente, podia ter escolhido "Procrastinação, uma definição", que viria bem a propósito. É que estou sentada à mesa da sala de jantar com o firme propósito de corrigir testes (bem se vê que o meu conceito de firmeza se presta a uma interpretação mais liberal, não sendo portanto nada inabalável, talvez ao propósito lhe falte um pouco de "hirto", agora que penso no assunto).
Mas sentei-me com o tal do propósito, que até agora ainda não mexeu uma palha, e juntos decidimos aproveitar o que resta desta manhã de Sábado para corrigir uns testes (entenda-se "deprimir-me um pouco", é que já aquando da recolha reparei que a esmagadora maioria dos alunos resolveu não responder ao conjunto de três perguntas que valia oito valores, optando ao invés por concentrar a sua sabedoria nos doze valores que atribuí às perguntas de escolha múltipla).
Mas esta primeira abordagem ao teste, durante a qual já assinalei na grelha de correcção as questões a que os alunos não responderam (símbolo de "menos trabalho, menos trabalho"*), já me ofertou a primeira pérola de conhecimento. Ah pois, é que não tenho jamais a presunção de isto ser uma one way street, durante a qual eu só ensino, faço o download de conhecimento (importantíssimo) e não recebo nada em troca. Acabei de aprender, por exemplo, uma palavra nova:

Aventuras na correcção, 31 de Março, 2012

*O "menos trabalho, menos trabalho" é uma ilusão: os alunos que agora tirarem menos de oito valores vão aparecer-me todos no exame, em Julho. Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...

segunda-feira, 19 de março de 2012

Tanto tempo desaparecida e voltas para falar de gulodices?

E há lá melhor assunto?!
Miss ocupated, tão ocupated... os gajos do departamento escravizam-me!
Se me conhecesses saberíeis que digo isto com tom jocoso e acompanhado de um ar de gozo, não o digo maldosamente.
Digo-o, contudo, e apercebi-me disso a semana passada, com uma pontinha (um novelo inteiro) de arrependimento por ter voltado. Também por aquilo que o departamento me está a fazer (ou que eu deixei que me fizesse, coisa talvez pior, pois que aguentar com a frustração por não me ter defendido melhor, por ter deixado que me pisoteassem e se aproveitassem da minha boa vontade deixa-me ainda mais frustrada). E fundamentalmente, por o meu patrão me ter cortado os tais 22.453% de ordenado anual.
Mas voltando ao que me dói na alma...
Não é trabalhar muito, por favor não me interpretais mal, coisa que até gosto bastante de fazer. Aliás, foi fonte de grande satisfação constatar que ainda consigo, que ainda sou capaz, capacidade de que, dois anos integrais dedicados à maternidade volvidos, duvidei com todas as minhas forças. Como me angustiei a este propósito...
O que me faz doer o coração é ter visto a distribuição de serviço docente e ter constatado que, a seguir a um colega absolutamente fantástico e com uma produtividade que vale por pelo menos quatro excelentes profissionais -- ainda por cima um gajo porreiríssimo! -- sou a que tenho mais horas de serviço. De todo o departamento. Tenho cinco disciplinas ao todo, todas diferentes, e três delas novas. Trabalho que nem uma brutinha, sou eu e a produção de bolos em série do Continente (Zitinha, eu juro que não provei, mas até têm bom aspecto...).
Os que estão mais por dentro do assunto poderão lembrar que estou a acumular serviço docente, que não estive cá no primeiro semestre. A esses respondo que, em primeiro lugar, não estar cá não significa que não tenha trabalhado, afinal os três papers que estão na secretária do Barry à espera que os leia/corrija/melhore não se escreveram sozinhos, e nem os textos de apoio que escrevi para uma cadeira caíram do céu, antes fosse. Em segundo lugar, não sou caso único, outros houve a acumularem o serviço. Outro argumento, esse já válido, é que havia débitos (dívidas de horas lectivas) e que havia de pagar. Respondo agora que sim, infelizmente tinha débitos, como tantos outros colegas, mas o que não havia necessidade era de agora ter créditos (horas a haver).
Outra coisa que irrita até ao tutano é que o ECDU, o tal do estatuto da carreira docente universitária (chiiiique!), diz que as horas leccionadas depois das 20:00 valem por hora e meia. Viste-las!? Nem eu, dizem-me que o "departamento não faz" (que se lixe a lei). E ensino cinco destas. Fazei contas...
Fora estas questiúnculas há outras coisas que me estão a doer. São cinco. Cinco dias por semana que estou longe da minha filha, da minha boneca. Vou para a universidade à Segunda ao fim da tarde e só chego na Sexta à quase uma da manhã (tenho ensinado até às onze da noite). Vale-me mamãe, que é melhor avó e mãe do que eu conseguiria ser. Abençoada seja madame e sua ternura para com nossa menina.
Bolas, chega de queixas. Vou mas é trabalhar que amanhã dou aulas até às dez e meia (da noite) e alguém tem de as preparar...
I'll be back! Jeito Terminator para dar mais pedal...

P.S. Não aceito boas e devidamente justificadas defesas para o comportamento do departamento. Só quero comentários que me amaciem o pêlo e digam que estou repleta de razão. Estamos entendidos? Merci!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Migalhas (de chocolate) de felicidade, uma definição

Ir à secretaria da escola pedir desculpas por me ter esquecido de lá passar ontem, em busca do mítico bolo de chocolate com coco da M., e ela dizer-me que tem uma fatia guardada para mim.
Assim, num tupperware no frigorífico, uma fatia de céu à minha espera.
Alguém me diga que não nasci de rabo viradinho para a lua que eu mordo-o!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Inda tás viva, melhér?

A dar cinco cadeiras diferentes e vinte e uma horas e meia de aulas, tem momentos que confesso que nem sei.*
Afinal parece que a miss num esqueceu de como vender aulas (ou acha que não, o que vale o mesmo e sempre 22.453% menos de ordenado). Questiono-me existencialmente se trabalharei menos 22.453% do que antes. Agradeço sugestões.
Gros bisous!



*Vinte e uma e meia porque as horas leccionadas depois das oito da noite valem por uma e meia. Talvez seja das poucas alturas em que três até são quatro meia.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

É internar-me já!

Amigos, o adjectivo workaholic não me descreve. Estou para além disso. Marido ontem brincava dizendo que sua Maria tem apenas dois modos de trabalho, on e off.
Ultimamente Maria tem estado apenas on, Maria só trabalha, Maria só prepara aulas, Maria só vê Macroeconomia à sua frente, só estuda os agregados nacionais (o tal do PIB) e faz continhas com índices de preços. Maria tem arrepios só de pensar no tanto que ainda tem de estudar para se preparar. E Maria sua as estopinhas para transformar a disciplina numa coisa interessante e que motive.
Maria anda desinfeliz de tanto que trabalha. Quase nem sai, dias há que quase nem sai de casa e areja o queijo.
É internar-me. Já.
Saudades...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Resoluções de blog velho

Quando criei este blog, justifiquei-o levemente com a necessidade de escrever mais vezes a palavra nenúfar, de que tanto gosto.
Hoje a Pólo Norte lembrou-mo quando mostrou as crianças de Djufunco a brincar com os brinquedos que elas próprias pensam e executam, quais piquenos Geppettos em potência:


Na tabanca de Djufunco (na baia de Varela, junto à foz do rio Cacheu) as crianças da escola EVA constroem elas proprias os seus brinquedos, recorrendo ao seu engenho, criatividade, inteligencia e aproveitando os produtos que a natureza lhes propicia: neste caso, uma flor de nenúfar.
Aproveito para dizer que Madame Pólo, a mesma do Polar PostCrossing, tem em seu blog um poster do Elmo em versão naughty, desnuda, sem roupa. Em pêlo, portanto. Ouvi dizer que está (prestes a entrar) na moda! Fechionistas, fostes avisados!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Orelhas de burro em versão adulta e pós moderna

Tssst, tssst, ou te portas bem ou ficas virada para a parede (o dia todo).
Acho que todo este texto está escrito para que sinta pena da (coitada?) da mulher. Não sinto. Não sou nenhuma tresloucada sem coração (atenção à parte "sem coração"), mas não consigo deixar de pensar no que fez a tal mulher para levar os patrões a preferir sentá-la a uma secretária sem fazer nenhuma das tarefas para a qual foi contratada (fazer no computador os orçamentos, introduzir no sistema informático diversos registos, nomeadamente, eventos diários, fichas de clientes, estatística de vendas e relatórios de stocks, e ainda limpar a loja -- isto é que é amplitude de qualificações!).
É que, se há maus patrões (ao que parece estes não vão propriamente receber a caneca "World's Best Boss" -- fãs do The Office, anyone?), também há maus funcionários. Mesmo maus. Daqueles que apetece mesmo pôr atrás de uma secretária sem fazer nenhum e de preferência virados para a parede. Just saying.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Faz-me sorrir um sorriso azul!

Campanha "Um Postal Um Sorriso" da Corrente de Sorrisos*
Corrente de Sorrisos - Projecto de Solidariedade Pioneiro em Portugal: Um simples brinquedo, para uma criança que está internada num Hospital, pode ser a porta de entrada de mundo imaginário e alegre que a vai fazer esquecer, nem que seja por um momento, todo o sofrimento e dor pela qual passa.
Porque às vezes é preciso pouco para fazer sorrir. E quem resiste a um sorriso?
E-mail: correntedesorrisos@hotmail.com
Site: http://www.correntedesorrisos.blogspot.com

Nota da preguiçosa autora do blog: ainda não enviei o meu, este foi o A. quem enviou. Mas o meu já cá canta e está só à espera que a inspiração baixe em mim (tem até ao fim do dia de hoje, depois Deus nos acuda) e amanhã pumba, lá vai ele todo catita.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um postal, Um sorriso


E sim, também eu já aderi ao Polar Poscrossing deste Natal, e até já recebi a identidade do jovem (que pode ser um ou uma, mas a regra é não dizer nada, por isso chiu!), todavia não é disso que vos venho aqui falar. Pelo menos não hoje!
Neste texto venho falar da Corrente de Sorrisos, uma associação non-profit que se dedica a dar a mão e fazer sorrir aqueles pais que têm o coração a doer porque os seus bebés, os seus meninos, os seus tesouros, os seus amores pequeninos maiores do mundo estão a curar os seus boo-boos no hospital. Se uma pisadura (perdão, nódoa negra) ou um arranhão passam com um beijinho e um "esse dói-dói já vai embora, vamos ver se a lua já apareceu no céu", há bichos malucos ou mazelas diversas que não deslargam com um simples "xô, vai-te embora", e teimam em só desaparecer com a sopinha do hospital (e aqui vão perdoar-me, mas não consigo pensar nos dói-dóis que não vão embora, não quero e o blog é meu, prontes).
Diz no blog da Corrente de Sorrisos que os postais não precisam ser elaborados, basta uma folhita dobrada ao meio, um contorno de uma mão ou uma carita sorridente et voilá, temos mimo a uma criança ou pai entristecido, ou a um profissional de saúde empenhado que também precisa de um agradecimento terno (ainda que, imagino eu, não haja melhor agradecimento do que o aceno de xau quando a criança se vai embora pelo seu próprio pé).
Isto custa pouco mas pode significar tanto... uma amiga diz que sim, ela que já passou por isto e que habitualmente voluntaria a sua alegria e ternuras (e acreditem, a moça tem genica e meiguice imensos) no Hospital de São Sebastião.
Diz que no Natal é suposto andarmos todos a trocar amor. Eu cá tanto não direi, que amantíssimo esposo pode ter algumas quezílias com isso, mas trocar postais é simpático. E, parece-me, natalício.
Para que não vos falte nada, aqui está uma listinha dos hospitais:
Hospital Geral de S. João
Serviço de Pediatria
A/C Educadora Cristina Pinheiro
Alameda Professor Hernani Monteiro
4200-319 PORTO

Dr.ª Almerinda Barroso Pereira
Directora do Serviço de Pediatria
Hospital de Braga
Largo Carlos Amarante,
Apartado 2242
4700-308 Braga

Internamento de Pediatria - Piso 4
Enf. Chefe Celina Capela
Hospital de S. Sebastião
Rua Dr. Candido de Pinho
4520-211 Santa Maria da Feira

CHAA - Centro Hospitalar Alto Ave
Serviço de Pediatria - Piso 4
Rua dos Cutileiros
Creixomil
4835-044 Guimarães

Hospital S Pedro
Serviço de Pediatria
Av Noruega, Lordelo
5000-508 Vila Real

Hospital de Chaves
Serviço de Pediatria
Av Dr Francisco Sá Carneiro
5400-279 Chaves

Hospital de Lamego
Serviço de Pediatria
Lugar da Franzia
5100-182 Lamego

Hospital de Santa Marta
Serviço de Cardiologia
Pediátrica
Rua de Santa Marta, s/n
1169-024 Lisboa

HPP Cascais
A/c Serviço de Pediatria
Av. Brigadeiro Victor Novais Gonçalves
2755-009 Alcabideche
Se não enviarem nada são... sei lá, o que quiserdes, desde que não seja bonito e nem docinho.
By the way, esta iniciativa também se faz de bonecada, jogos, e livros, mas eu não quis ser abusadora. Mais informações no blog. Aqui!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 20 de novembro de 2011

Orgulho familiar, uma definição


Avô Álvaro (Ferreira Tavares) e Tia Zita (que até podia ser de Tiazita mas não é, o Zita vem de Rosa, de Rosita). Os primeiros dez minutos são todinhos deles. E dos bolos. Zamacóis, queijadinhas de cenoura, doce húmido, blá blá blá, pasteis de nata. Os tais que são uma delícia.
Diz o meu avô que ainda trabalha e é verdade (no vídeo também canta, lá pelo minuto 19). Pela altura do Natal, Ano Novo, e Páscoa, aos 85 anos labuta como se tivesse trinta. A amassar bolo rei ou pão-de-ló, está na confeitaria ainda o sol não se levantou e só de lá sai já a maior parte dos portugueses jantou. É uma força da natureza este meu avô. A Zita é, de entre uma dançarina louca, uma pasteleira de mão cheia. É uma tia com as letras todas que felizmente acompanha a sobrinha nas loucuras.


Quem estiver por perto passe lá. Fica em Oliveira de Azeméis, mesmo ao lado da Câmara. Encomendas, desvarios, e pedidos: 256-682-257. A adesão às nets ainda não é grande coisa, por isso não vos remeto para o mail. Tradicionalismos, é que é.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Da paixão ou da falta dela

Desenganai-vos amigos se por cá vindes na expectativa de ler alguma coisa melíflua, prosa romanceada, quiçá mesmo poesia. Não, o que hoje cá me traz é outra coisa.
A minha avó costuma dizer-se apaixonada. Tem noventa e três anos, quase noventa e quatro, que fará em Janeiro. Tendo perdido o marido e um filho, em 2007 e 2011, respectivamente, costuma dizer-se apaixonada, ou vivendo uma paixão muito grande. Nem mesmo olhando para a tristeza no fundo daqueles olhos azuis consigo entender tanto sofrimento (e ainda bem). Paixão é, para a D. Otília, sinónimo de martírio, dor, e confesso que nela nunca lhe conheci outro. Aprumada e arranjanda (na falta de pêlo na sobrancelha sempre houve um lápis certeiro, mesmo que às ditas por vezes faltasse alguma simetria, desde o arco até à distância do olho, não era defeito, era feitio).
Mas a esta interpretação de paixão opõe-se uma outra, a outra, em que tudo é efervescência, e até a brisa nos pêlos dos braços cria frémitos de prazer (adoro a palavra frémito, lembro-me de a ler ainda em teenager e, mesmo sem saber o que se significava, senti-la espasmodicamente boa). Estar-se apaixonado é sentir que há vida em nós, apalpar cada minuto, cada segundo, como se o tic-tac vibrasse bem cá dentro (pelo menos para mim).
E de estremecimentos chego à generalização que achei por bem aqui vir dividir em vossa sempre tão aprazível companhia. Acho o povo português pouco apaixonado, pouco dado ao tal do frémito. Mesmo que gesticulemos (ou quase) como os italianos e falemos em voz alta e todos ao mesmo tempo (na minha família é assim), falta-nos sangue na guelra, falta-nos portanto paixão:

(daqui)

Nada à propos deixai-me contar-vos de uma discussão completamente idiota que tive no outro dia, num shopping em São João da Madeira. Ia com a minha tia quando encontrámos uns amigos dela. Vinham o pai, a mãe, e as duas filhas, uma delas, a mais velha, de vinte e dois ou vinte e quatro anos, não me lembro bem. Depois dos cumprimentos da praxe e das perguntas entediantes cuja resposta não me interessava, dou pela pela mais velha a dizer que odiava Lisboa. Estava a trabalhar lá há duas semanas e dizia, com furor e brilhozinho nos olhos, ser impossível gostar da cidade. Apeteceu-me estrafegá-la logo ali. Em vez disso disse-lhe ser ainda muito novita (talvez não a melhor forma de abrir as hostes) e dever dar hipótese de se apaixonar pela Lisboa dos fados, das vielas, do rio, e daquela luz que não há mais lado nenhum. Cruzou os braços, teimou que não, jurou a pés juntos ser impossível. Andei doente uns dias com esta conversa e ainda hoje me custa pensar em semelhante provincianismo. Negava-se assim uma miúda a apaixonar-se por um sítio, que podia ser Lisboa ou Barcelos, não importa. Talvez me devesse bastar o seu ódio visceral, mas não. A pequenez de espírito incomoda-me sempre.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sabes que estás nos EUA quando...

Quando... já lá vamos.
E antes de lá irmos, seja "lá" onde for, esteja onde estiver, convém que vos diga o porquê desta nova rubrica. O nome, "sabes que estás nos EUA quando...", é self-explanatory, inglesismo que eu botei aqui porque achei que era apropriado dado o tema da rubrica.
É que há coisas que eu vou vendo, algumas delas até vou fotografando na expectativa de arranjar uma nesga de tempo para vos cá vir saudar, que me fazem pensar "epá, estás mesmo na América" que, dentro da minha cabeça, sabe-se lá por obra de quê ou de quem, tem um sotaque meio portuense, meio bracarense, meio aparvalhado, e então "América" soa mais ou menos como "ameiricâ", coisa que por estes lados se escreveria foneticamente como "ameiricuh", infantilidade à qual não resisti por causa da extremidade por ali metida.
Ora a estalada da testa de hoje foi a existência de casas de bonecas étnicas, coisa que até faz muito sentido, faz sim senhor (ou senhora!) mas a que, por estar na terra onde o politicamente correcto me entra por todos os orifícios sem pedir licença ou agradecer no fim, achei piada.

Fisher-Price My First Dollhouse (caucasian family)

Fisher-Price My First Dollhouse (african-american family)

Acho que faz todo o sentido que haja bonecos étnicos, e só tenho pena de não ter encontrado uns asiáticos, que os deve haver, para os pôr aqui. Acho excelente que os meninos possam brincar com brinquedos que tenham a sua cor, o seu formato de olhos, o seu tipo de cabelo (estou a lembrar-me de um livro de uma amiguinha da minha filha, a T., que é sobre o quão lindos são os seus cabelinhos encaracolados, e que são mesmo, e fofinhos). Assim como com os outros.
E agora poderia lançar-me num interessantíssimo exercício de sociologia, economia, e sei lá mais que "...ia" sobre o assunto, mas helás, não temos tempo (que quase me atrevo a dizer, felizmente).

sábado, 15 de outubro de 2011

Subsídio, uma defininção, um esclarecimento, ou qualquer coisa assim assim, mais ou menos, tal e qual, em jeito de serviço público

Ando aqui às voltas com uma questão. Uma questão pequenita, um detalhe, talvez. Mas é um pedregulho no meu sapato.
Aqueles que me vêm lendo sabem-me fanática com a significação exacta das palavras. E se cedo às redundâncias por uma questão estilística (ai amigos se me conhecesses ao vivo veríeis o que eu gosto de uma redundância, de um pleonasmo, numa espécie de esbracejar linguístico bem à português), não deixo que os floreados e nem as interjeições, às vezes em demasia, me façam perder o Norte e me deixem à deriva no que toca às opinações (também gosto de inventar palavras).
Pois hoje venho aqui esclarecer -- e desde já peço perdão por este "esclarecer" de algum modo poder sugerir que vós precisais de esclarecimento, não, de modo nenhum o queria insinuar, vede isto como se de serviço público se tratasse, eterna optimista que sou e crente de que mais do que três leitores cá virão. Tende paciência, amigos.
E é a noção do subsídio que me anda a chatear a molécula. Subsídio, subsídio, subsídio, assim escrito três vezes a ver se se quebra o feitiço e em jeitinho de Candomblé volta o seu a seu dono. Vejamos então, começando pelo começo, a etimologia (merci, Priberam, agora e sempre).
Subsídio,
[Substantivo masculino (do latim subsidium, -ii, tropas de reserva, reforço, socorro, auxílio.)]
1. Quantia com que o Estado ou outra corporação concorre para obras de interesse público. = SUBVENÇÃO
2. Quantia atribuída por uma entidade para um fim específico (ex.: subsídio de desemprego, subsídio de férias).
3. Aquilo que concorre para um fim determinado. = CONTRIBUTO
4. Auxílio; socorro; benefício.
Atentemos concretamente ao número 3, o tal que fala da quantia atribuída para um fim específico, e cuja ilustração me parece muito adequada. E, se ainda me estais a ler algo já enfastiados porque não se ouve falar de outra coisa senão dos subsídios de férias e de Natal (será que agora se escreve com letra pequena?), dai-me apenas mais uns minutos da vossa atenção, que eu prometo arrepiar caminho.
Os nossos, perdão, os ex-subsídios-de-férias-e-de-Natal-dos-funcionários-públicos-mas-que-agora-são-do-governo, não são subsídios nenhuns.
Não!?
Não.
O nosso salário anual é, por uma cortesia extrema para com os empregadores e para com o Estado, que na altura dos subsídios se vê com uma fatia de ordenado mais gordinho para taxar, um empréstimo que os trabalhadores, gente que gosta de trabalhar e sentir o sol secar as pérolas de suor que teimam brilhar em suas frontes cansadas, ouvi dizer, que eu detesto transpirar, gentilmente concedem a seus patrões pela mui digna honra de estar ao seu serviço. Um empréstimo. Em-prés-ti-mo. Nada mais. Nada menos.
O que importa realmente é aquilo que a malta recebe ao fim do ano, a ver se os sortudos-abençoados-trabalhadores com cargos mais interessantes não negoceiam o seu salário anual e os bónus e prémios. Estes são, apenas, detalhes técnicos, palavras, porque o que importa no finzinho é o carcanhol que vem para casa, cá por mim até se podia chamar Efigénia, Clotilde, ou marmita, redunda no mesmo.

O subsídio que o estado nos (funcionários públicos) vai tirar a pretexto da Troika e da crise e da Madeira e..., não é subsídio e sim e tão somente uma parcela do ordenado que eu emprestei ao Estado, parcela essa que eu deixei que ele não me pagasse durante os primeiros seis meses meses do ano, mas que permito que pague e me faça sentir por uns instantes que é Natal.
Parcelas!? Álgebra. Sim, só um bocadinho.
O estado, que deve pagar W de salário anual, resolve dividi-lo em 14 suaves prestações mensais, pagando por isso, em cada mês,
(1/14).W = 0.0714W = 7.14 % do nosso salário anual
mas, duas vezes por ano, paga-nos dois salários, e em Maio e Novembro recebemos
14.28% do nosso salário anual
ou mais ou menos, porque subimos de escalão no IRS e lá se vão mais uns trocos nos impostos.
Pelo contrário, podíamos receber pelos meses que efectivamente trabalhamos (e aqui não vou entrar em questiúnculas de só trabalharmos onze meses) e receber, mensalmente,
(1/12).W = 0.0833W = 8.33 % do nosso salário anual
ou seja receber mais 1.19 p.p. (pontos percentuais, amigos, eu um dia venho cá explicar porquê, agora não me apetece) de carcanhol por mês.
Fora a parcela que o governo me roubou de ordenado, irrita-me que o Estado me passe um atestado de imbecilidade e que me diga "olha pá, tu não te governas bem, deixa cá que eu obrigo-te à poupança mas depois devolvo-te tudo". Juros?! Nã, esquece, tu é que tens de pagar pelo favor que te faço, ó perdulária, ainda vais gastar tudo em sapatos ou carteiras, coisa que eu pago com a tal subida de escalão de IRS.
Cá pelos US o marido recebe pelos meses que trabalha oficialmente, que são nove -- na verdade o pobre trabalha o ano todo e tira p'raí uma semana de férias, se tanto, mas enfim, isso são contas de outro rosário. Amantíssimo esposo recebe nove meses por ano e nos outros não recebe, ponto final. Tem de poupar, ter juízo, e não comprar a esta sua gaja todos os sapatos e carteiras que esta (aparentemente, perante seu governo) insiste em possuir (ouvi dizer, mas vê-los que é bom, nada).
Tudo então para dizer que o que o Estado está a tirar não é um subsídio, não é um bónus, não é um presente pelo trabalho bem feito, é uma parcela do ordenado, bolas. Fatia essa que eu ia usar para arranjar a dentuça, que bem precisa de um refresh (mania dos americanos terem todos dentes brancos e certinhos, tão lindos, como nos reclames da Colgate...), ou botar na poupança, que anda quase anorética.
Humph. Espero não ter de cortar nas bolachas.

[Ainda googlei as expressões "décimo terceiro mês" e "subsídio de férias", queria saber quando surgiram e por obra de quem, mas não consegui, pelo que considero este texto uma abordagem muito crua à questão do subsídio, mas por ora terá de servir.]