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domingo, 27 de maio de 2012

Sabes que te americanizaste a little bit quando... #8

A tua mãe te pergunta se queres pão para pôr na manteiga de amendoim (que eu, feliz, comia do frasquinho à colher).

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O mundo divide-se em... #5

Pessoas que gostam de manteiga de amendoim e as que não sabem o que é bom.
Pensando bem, acho que este post também podia ter como título "sabes que te americanizaste um pouco quando..." mas para isso talvez tivesse de para cá ter trazido a jam, para fazer a tão celebérrima PBJ sandwich (ler pi-bi-and-jay, acrónimo de peanut butter and jam), sandes de manteiga de amendoim e compota. 
Amigos, também eu fiz cara feia quando vi amantíssimo esposo a abocanhar uma destas mas depois, porque sou gaja de experimentar (quase) tudo pelo menos uma vez, trinquei e, numa palavra cuja ligação à fé não é acidental, converti-me.
Tenho pena de quem é alérgico a amendoins, só vos digo. Recomendo a de morango. A de frutos silvestres também não liga mal.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sabes que te americanizaste a little bit quando... #7

Quando vês uma fotografia de uma moça com as maminhas ao léu e pensas, quase como um jovem imberbe de hormona' ao salto, "mamas, mamas, mamas".
Moça que gosta de apreciar coisas bonitas que sou, desde uma paisagem a uma obra de arquitectura, desde uma criança bonita a uma mulher escultural, gosto naturalmente de apreciar um belo par de mamas.
Ora nos EUA isso é um bocado mais difícil de fazer no dia-a-dia e eu explico porquê (peço desculpa aos que já me vêm seguindo há mais tempo, acho que esta propensão à repetição advém também dos anos que passam). É que há censura (óbvia) na televisão! Maneiras que hoje, ainda no rescaldo do Dia das Bruxas, trago um exemplo.
Estava esta vossa amiga descansadamente assistindo ao programa que segundo os apresentadores é o "your ticket to Hollywood" (ou coisa assim, não lembra não), o mui sério E! News, quando vê as mamocas da Heidi Klum todas pixiladas. Num momento de elevada inspiração querendo promover o segmento, diz a apresentadora, contradizendo-se imbecilmente:
(Vamos revelar fatos ainda mais exuberantes dos A-listers incluindo um que envolve três palavras: mamilos de macaco pixilados. Gozai!)
Enjoy!?!?!

Haja pudor, Heidi Klum & Seal, E! News, 1 de Novembro, 2011

Felizmente há a Caras:

Mamas, mamas, mamas!!!!, Heidi Klum & Seal, Caras, 2 de Novembro, 2011

Este puritanismo bacoco é das coisas que mais me irrita nestes gajos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sabes que estás nos EUA quando... #2

Foi precisamente no dia 1 de Outubro (do corrente, não adorais esta expressão?) que eu, deambulando pelos corredores do Target (ler "targuét", como alvo, e não "targé", como em franciú), que é uma espécie de supermercado/hipermercado/Continente misturado com Rádio Popular ou Worten, que tem desde adubos a bicicletas, vitaminas a roupas e calçado, bolachas a cartões/postais, me deparei com um escaparate mais temático. Pois é, se Dezembro é o mês oficial do Natal, Outubro é o mês oficial do Halloween, tradição que se não estou em erro já foi importada para Portugal e agora é ver os putos, não bastasse o Carnaval, andar a bater de porta em porta, ou pelo menos mascarados, a dizer "doçura ou travessura", expressão que eu não sei bem se já ouvi em algum lado ou se é fruto da minha (falta de) capacidade para a tradução. Andava então eu toda lampeira a passear pelo Target, lista mental de compras em riste (mental, amigos, mental), quando vi estes adornos tão... assustadores?
É que, amigos, a malta usa mesmo destas coisas, não pensais por um momento, sequer um instante, que a malta por cá se limita à indumentária mais horrífica, à escultura das abóboras, nã, esta malta por cá eleva a coisa a todo um nível que a nós, gente mais comedida e eventualmente de melhor gosto, passa completamente ao lado.
Para hoje, que já falta menos de uma semana, recomendo um colar. Talvez também um anel, mas nada de exageros, que a fashion Crise Outono-Inverno 2011 se requer contida e depurada.

Acessórios: brincos, anéis, e colares, Target, 1 de Outubro, 2011

Colares: pormenor, Target, 1 de Outubro, 2011

Anéis: pormenor, Target, 1 de Outubro, 2011

Baby fashion, Target, 1 de Outubro, 2011

Baby fashion: pormenor, Target, 1 de Outubro, 2011

Nota da confeitaria: Eu nunca disse que não tinha pretensões a ter um fashion blog, portanto cá está, e aviso desde já que isto é só o começo. Mi aguarde!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sabes que estás nos EUA quando...

Quando... já lá vamos.
E antes de lá irmos, seja "lá" onde for, esteja onde estiver, convém que vos diga o porquê desta nova rubrica. O nome, "sabes que estás nos EUA quando...", é self-explanatory, inglesismo que eu botei aqui porque achei que era apropriado dado o tema da rubrica.
É que há coisas que eu vou vendo, algumas delas até vou fotografando na expectativa de arranjar uma nesga de tempo para vos cá vir saudar, que me fazem pensar "epá, estás mesmo na América" que, dentro da minha cabeça, sabe-se lá por obra de quê ou de quem, tem um sotaque meio portuense, meio bracarense, meio aparvalhado, e então "América" soa mais ou menos como "ameiricâ", coisa que por estes lados se escreveria foneticamente como "ameiricuh", infantilidade à qual não resisti por causa da extremidade por ali metida.
Ora a estalada da testa de hoje foi a existência de casas de bonecas étnicas, coisa que até faz muito sentido, faz sim senhor (ou senhora!) mas a que, por estar na terra onde o politicamente correcto me entra por todos os orifícios sem pedir licença ou agradecer no fim, achei piada.

Fisher-Price My First Dollhouse (caucasian family)

Fisher-Price My First Dollhouse (african-american family)

Acho que faz todo o sentido que haja bonecos étnicos, e só tenho pena de não ter encontrado uns asiáticos, que os deve haver, para os pôr aqui. Acho excelente que os meninos possam brincar com brinquedos que tenham a sua cor, o seu formato de olhos, o seu tipo de cabelo (estou a lembrar-me de um livro de uma amiguinha da minha filha, a T., que é sobre o quão lindos são os seus cabelinhos encaracolados, e que são mesmo, e fofinhos). Assim como com os outros.
E agora poderia lançar-me num interessantíssimo exercício de sociologia, economia, e sei lá mais que "...ia" sobre o assunto, mas helás, não temos tempo (que quase me atrevo a dizer, felizmente).

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sabes que te americanizaste um little bit quando... #6: Desavergonhada, deselegante, ou poupadinha, ainda não encontrei o adjectivo adequado

(a propósito do post anterior)

Quando sobra muita comida no restaurante (às vezes finório) e pedes ao empregado uma caixa para a levar para casa. Esta prática é o pão com manteiga dos restaurantes americanos: se sobra (muita) comida, o cliente leva-a para casa.
País de gente prática e pouco dada a vergonhas absurdas (quer-se-dizer... vamos ignorar esta minha observação, que aqui está mais por estilo do que por outra coisa, anuir, e passar à frente), devotos da eficiência e do least effort para o greatest outcome (o que redunda quase no mesmo, ou não seja a definição de eficiência aquela utilização de recursos óptima que maximiza a produção -- perdoem-me a escorregadela económica), por lá se reconhece o desperdício como o décimo primeiro pecado mortal, daí que se tenham criado coping mechanisms que chegam a, pelo menos neste caso, mudar a mentalidade de um povo que, ainda que o negue a torto e a direito, vê na Velha Europa o expoente máximo da elegância e saber estar (um dia venho aqui escrever sobre o que é o eating European style ou continental style -- por favor não me estraguem a brincadeira com uma pesquisa temática).
Ora lá pelas Américas, as do Norte, favor não confundir com as do Sul, não é um bom empregado de mesa (e portanto lá se vai parte da gorjeta, que varia entre uns insultuosos 10% do total da conta sem imposto e uns mais normais 20%, ainda que este limite superior não exista na presença de uma carteira mais recheada e um serviço exemplar) aquele que, no final da refeição, não pergunta "would you like a box"?
Desejaria uma caixa? e está tudo dito. Não é embaraçoso levar comida para casa, é eficiente, é mais limpo, e é até um acto de lisonjearia para com o chef, pois que se sobrou não era porque a comida estava indigna de tão fino palato e aliás até se gostaria de comer mais um bocadinho amanhã ou quando melhor aprouver ao patron (adoro que por lá os clientes sejam chamados assim, termo que de modo algum se traduz como "patrão").
Cá é feio, é "de pobre" pedir para levar a comida embora. Caminhar restaurante afora com o saquinho "dos restos", até este termo é feio, é quase como fazer uma caminhada dos tristes, cabeça levemente inclinada para baixo, olhar no chão sem fitar outro qualquer comensal, como se o saco tirasse aprumo à espinha ou então fosse uma letra escarlate, um "P" maiúsculo e bem gordo marcando uma bolsa mais às moscas e indigna de partilhar o pão com os demais.
Reconheço aqui (mais uma vez) que me divertem as diferenças culturais e o quão rápida sou a adoptar as que combinam com a cor dos meus olhos. Todavia fiel a este sentimento tão português que é a oferta de explicações para qualquer soluço que me engasgue, sou igualmente afoita a explicar que sou emigrante e que por isso, entre o "he has a mala!" ou o "come here ou dou-te uma bofetada" que mais dia menos dia hão-de sair da minha boca, por ora vou dizendo "lá na América faz-se assim".

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sabes que te americanizaste um little bit quando... #5: Pedicure infantil

Piggy Paint, na cor Tea Party for Two
Diz que é "natural como a lama"




Quando achas só um bocadinho bizarro que uma menina de ano e meio, mais mês menos mês, tenha as unhas dos pés pintadas. Ainda por cima de roxo, mas é possível que esta minha estranheza advenha do meu andar algo por fora das tendências para a nova estação. Nota mental: ir já comprar a Vogue, a InStyle, e a Allure.
Também me parece que os vernizes, pela sua toxicidade, são pouco adequados a criaturas com menos de um metro e vinte, mas não tive coragem de perguntar à mãe se usou um verniz próprio para crianças. Porque, descobri recentemente, existe verniz não tóxico próprio para crianças, como é o da foto acima (mais informações sobre este verniz em concreto aqui).
Já agora, a expressão "piggy", ou porquinho, é comummente usada para os deditos dos pés, os toes, que não são fingers, tal como o polegar, o thumb, que sendo um dígito não é todavia um dedo, coitadinho...

A gerência desde já pede desculpa aos estômagos revoltados com o uso abusador do diminutivo no "coitado", mas há coisas às quais não dá para resistir. Como por exemplo à fatia de brownie que me espera como sobremesa (acabei agorinha mesmo de almoçar).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sabes que te americanizaste um little bit quando... #4: Sapato não (seu Nacib)

"Please take off your shoes"

Os teus amigos e familiares já não se queixam de ter de tirar os sapatos e os deixar à porta quando te visitam, sinal irrefutável de que aceitam as tuas novas manias com um "são coisas lá da América, fazer o quê, a gaja é emigrante!".
Tenho este hábito, comum a várias culturas, por exemplo a japonesa e a indiana, desde que tive uma cozinha com chão de linóleo branco que tinha de ser esfregado todas as semanas de tão encardido ficava. Nunca mais voltei atrás e hoje, em qualquer casa que viva, os sapatos ficam à entrada.
As visitas? Andam de meias, que o chão está sempre limpinho. Ou eu empresto uns chinelos aos mais friorentos, por exemplo o meu avô gosta muito dos meus chinelos pretos farfalhudos, diz que são muito confortáveis.
Se há chulé também temos sabonete, água, e meias lavadas.
Ainda não aconteceu alguém levar embora sapatos que não são os seus, mas por cá ninguém usa Manolo, é mais Nike, Puma, enfim, sneakers vários.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sabes que te americanizaste um little bit quando... #2: Cupões de Desconto


Quando, mesmo antes de saíres de casa para ir ao supermercado, vais à gaveta da cozinha buscar os cupões de desconto.
Hoje usei o de $1.00 da Danone na compra de três embalagens de quatro iogurtes cada, o de $1.50 da Post na compra de uma caixa de cereais de amêndoa, e o de $1.50 da Gerber na compra de duas embalagens de cereais para criança.
Gosto quando sou poupadinha.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Coisas sobre os americanos que eu não sabia até vir morar para os EUA #6

Parque de estacionamento do Safeway, Ahwatukee, 5 de Março, 2011
Minha interpretação: "Mommy of 4", ou "Mamã de 4", mas também pode ser "Mamã em 2004"

Que por cá as matrículas dos carros podem ser personalizadas (para além de na grande maioria dos estados só serem obrigatórias atrás). Por exemplo, a minha sogra, a quem o meu sogro chama "Mouse", durante muitos anos conduziu um Volkswagen Carocha com a matrícula "MOUSE". Os meus amigos Olha e Andriy, ucranianos de corpo, alma, e matrícula, têm nos carros "LVIV" e "KIEV", respectivamente os nomes das cidades de onde são.
Regra geral, as matrículas personalizadas podem conter um máximo de sete letras e/ou combinação de números, e não podem conter sinais de pontuação ou símbolos. Também não são permitidas matrículas de conotação sexual, racista, ou étnica, ou cujos caracteres que sugiram profanidades ou asneirolas. Finalmente, as matrículas não podem ser insultuosas.
Infelizmente, as regras acima e o escrutínio a que as matrículas estão sujeitas antes da sua criação não são condição necessária e nem suficiente para que a mensagem não seja parva. Por exemplo, no outro dia, parada num semáforo, mal consegui acreditar nos meus olhos quando a matrícula de um carro à minha direita era "SEXEE2" (ou "SEXCEE2", não me lembro bem). Isto dá-me vontade de fazer como na Anatomia de Grey e repetir, ad nauseum, seriously!?! A sério que alguém vai conduzir um carro cuja matrícula diz "sexy"? Que mensagem tem esta matrícula!? Anda aqui jeitoso, que eu conto-te uma história ao ouvido? Dá-me uma palmadita no rabo que eu sou toda maluca?
Vai daí, e como acho que não há limites para a criatividade dos americanos, e nem capacidade para a estupidez, decidi criar uma nova rubrica...
Aí vem então "A minha matrícula é mais -  espaço  - que a tua", na qual postarei fotografias de matrículas criativas que for encontrando. Se estiverem pelos EUA e encontrarem alguma (ou muitas!) porreira, enviem que eu publico.

P.S. Se quiserem ler mais sobre o assunto, o Departamento de Viação do Iowa tem uma lista de regras muito jeitosa aqui.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Coisas sobre os americanos que eu não sabia até vir morar para os EUA #5


Que (a grande, vasta, imensa maioria d)os americanos é (um little bit) mais estúpida do eu que suspeitava.
Eu acho que sabia, mesmo antes de vir morar para os EUA, que os copos do Starbucks acautelam os mais distraídos para a calidez do conteúdo, como se quem compra café ou chá os comprasse frios (vamos aqui ignorar os iced teas, frappuccinos, etc). Daí que o copo avise, que quem avisa amigo é, ó my friend americano, se compras café ou chá quentes tem cuidado que podem estar mesmo quentes, não penses que o fumegarzinho é só fragrância, qual Pepe Le Pew a pavonear-se em frente à gatita preta invariavelmente com uma lista branca nas costas.
O que me surpreendeu mesmo foram as embalagens de nozes, pecãs, macadâmias, e afins, onde se podem ler cautelas do tipo "Warning: May contain traces of nuts". A este propósito contava o Eli, ontem ao jantar, que tinha lido, na embalagem de camarão, depois da lista de ingredients (shrimp, water, salt), o seguinte aviso: "Contains shrimp". Para quem não soubesse ou sequer suspeitasse.

Aviso às tropas: Eu gosto muito dos americanos, até casei com um e tenho uma filha arraçada. Distraí-me, foi o que foi.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Coisas sobre os americanos que eu não sabia até vir morar para os EUA #4

Que os americanos têm por hábito aparecer antes da hora marcada. Por exemplo, o senhor que veio entregar o sofá do escritório chegou às 7:50. A entrega era a partir das oito. Da manhã.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Coisas sobre os americanos que eu não sabia até vir morar para os EUA #3

Que se pode virar à direita num sinal vermelho. A menos que haja um sinal a proibi-lo, por exemplo como este:
 Obrigada à Luisinha!

Coisas sobre os americanos que eu não sabia até vir morar para os EUA #2

Que os americanos não usam bidés. A grande maioria nem sabe para que são.

Agora imaginai-vos a explicar para que serve um bidé, vá, é um desafiozinho que aqui vos deixo.

Coisas sobre os americanos que eu não sabia até vir morar para os EUA #1

Que os americanos não fecham os talheres depois de comer. Mesmo nos restaurantes mais chiques.

Nota da redacção: Se vós, distintos leitores deste mui humilde blog, vos lembrardes de mais algumas coisas, não hesitai em informar-me, seja por sms, email, postal, pombo correio, sinal de fumo, ou mensagem de avião.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sabes que te americanizaste um little bit quando... #1: (Não ao) passar da roupa

Quando tiras a roupa da máquina de secar, a espalmas bem direitinha e sem rugas, dobras, e pões no sítio.
Adenda: eu a minha máquina de secar a roupa.