sábado, 30 de abril de 2011

Manias


Conversa entre (os meus) dois neurónios, que imagino serem tal e qual M&M's, o amarelinho gordo com o amendoim dentro e o vermelho zangado:
"Toda a gente a falar do casamento real e tu não dizes nada?"
"Não, gosto de ser diferente."

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Um antúrio, dois antúrios, três antúrios a voar...



Todos da minha Sónia, mais linda que qualquer antúrio, a sua flor preferida.
Um xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii imenso, tão maior do que oceano que nos separa.

A minha matrícula é... #2: A boa vida na Florida

The Good Life, Florida, 20 de Abril, 2011

Para terminar o capítulo sobre a viagem ao Sunshine State, uma matrícula que vem mesmo a calhar (fotografei-a no parque de estacionamento do Lincoln Rd Mall).
Agora se me dão licença, vou ali fazer uma tour do Arizona Biltmore e já volto.

Quinta-feira, 21 de Abril, o Regresso

Fort Lauderdale

Os regressos têm destas coisas. Se começam por indiciar um retorno, sugerem também uma interrupção. Começo por esta, que a semana longe das minhas amigas vai deixando saudades. E se não são mais aquelas saudades que advêm das rotinas partilhadas, tal como os champôs e os cremes do corpo, que cheiram sempre melhor quando são emprestados, são umas saudades mais calmas que advêm das lembranças das gargalhadas, do cansaço dos dias, da fome e da vontade de comer (e de beber uns copos).
Ora então na Quinta-feira passada disse au revoir às minhas amigas no gate que fica mesmo à direita do balcão da US Airways, em Fort Lauderdale, FL, todas prometendo fervorosamente juntarmo-nos para mais vacances lá para meados de Agosto. E se às amigas foi um à bientôt, a Phoenix foi um hello. Assim como o foi às ruas de Ahwatukee (ler áuatukii), à minha casa, às minhas coisas, e à minha rotina de há alguns meses. Há coisas boas nos regressos, nomeadamente os abraços que nos esperam. Para não falar nas camas fofinhas e nas toalhas que já conhecem a nossa pele, que eu cá sou doidinha pelas minhas coisas e sou gaja de estranhar tudo o que é cama alheia.
Mas voltando ao regresso...
É tudo muito lindo (a despedida em muito isso, borratada das pestanas mascaradas por entre um ou outro soluço), mas a parte da viagem é uma verdadeira chatice. Ainda há quem goste de andar de avião, mas essas são as pessoas que andam pouco ou quase nunca. Ou então são as que viajam confortavelmente em primeira ou em business - eu aí acho que não me importaria, ou talvez sim, quanto mais não fosse por necessidade de fingimento de um enfado advindo do status de quem voa assim. Sou gaja que gosta de um estereotipo ou quê?
Mas de estereotipo em estereotipo desta feita vim cair no da madame (ler pobre infeliz) que viaja sozinha com a criança filha do diabo. A minha piquena, que normalmente é um doce de criatura, foi acometida de um ataque de doideira que, durante uns bons seis ou sete minutos que me pareceram uma eternidade esperneou, gritou, esticou-se toda, deitou-se no chão aos meus pés, chorou, esperneou mais um bocado, e gritou, amigos, gritou como se não houvesse amanhã. Bem sei que a causa foi a falta de descanso, da naninha interrompida cinco minutos depois de ter começado porque havia uma fralda para mudar e a segurança para passar. Mas caramba, era preciso aquilo tudo? Quase a atirei pela janela fora! Aqui que ninguém nos ouve, para a próxima ninguém me apanha sem a versão infantil do Benadryl, um remédio para as alergias e que eu tenciono usar como sonífero. Uma colherzinha de chá a cada seis horas, a quantidade apropriada para o peso da moça...

Chocolates, ovinhos, e a sabedoria popular


Lá diz o povo, na sua infinita sabedoria, que mais vale tarde do que nunca. Talvez também por isso interrompa aqui a minha dieta e a recomece daqui a uns dias. Mais tarde.
Adoro chocolate com manteiga de amendoim. Há azar?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quarta-feira, 20 de Abril, E ao sétimo dia...

Perdão, ao quarto dia, já em Miami, as madames descansaram.

Bal Harbour, FL

A nossa Quarta-feira começou devagar no décimo-quarto andar de um apartamento em Bal Harbour, uma village que fica na pontinha Norte da ilhota que é Miami Beach.

Vista fabulosa

Depois do pequeno-almoço, praia. Literalmente do outro lado da estradinha de areia que separa o prédio da costa.


Depois dos banhos de mar das graúdas, que a mini-miss não achou grande piada às ondas, do almoço com salada de fruta, ovos mexidos e queijo da serra, sestas, sestas, sestas e mais sestas. A mini-bolacha, devidamente acomodada no closet, dormiu que se regalou -- sim, a moça dormiu no closet, num berço improvisado feito na esquininha do próprio limitada por duas malas, haja imaginação! Com a sua pêpê e o seu coelhinho cor-de-rosa, não há pestana que escape ao João.
Já bem descansadas, as misses foram jantar ao Quattro, em Lincoln Road, uma rua fechada ao trânsito no que os americanos chamam de pedestrian mall e onde há lojas, cafés com esplanadas, bares, restaurantes, e galerias.

Lincoln Road

Restaurante Quattro

A noite terminou em beleza com uma tour pela Collins Avenue, possivelmente a mais bem conhecida de Miami, e que tem nada mais nada menos que 20 milhas (32 Km) de comprimento. A dada altura parece que estamos numa Cuba lavada de fresco, com edifícios Art Déco absolutamente lindos a albergar hotéis e lojas e o que mais. Ainda passámos por Ocean Drive para, é verdade, dar uma espreitadela à casa do Versace, a antiga Casa Casuarina e que é hoje um boutique hotel. Lá bom aspecto tinha.
Foi um dia tãããããããããããão boooooooooooooooooooooooooom!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Terça-feira, 19 de Abril, Peixes, peixitos, peixinhos, e peixões, tudo no SeaWorld

Chegámos ao SeaWorld, lindas e frescas, por volta das onze da manhã. Hora mais que própria, já que três misses e uma mini-miss demoram seu tempo a acordar e a embelezarem-se. Não esquecer também do ligeiro detalhe de que para duas das piquenas, i.e., as bolachas, eram menos três horas graças aos (con)fusos horários.
Chegámos pois ao SeaWorld lindas e frescas e cheias de vontade nos atirarmos aos cardumes. Lista de espectáculos em riste, plano de shows estabelecido criteriosamente, estavámos prontas para o dia! Nós e os milhares de pessoas que nesse dia tiveram a mesma (in)feliz ideia de ir ao SeaWorld, que aquilo estava a rebentar pelas costuras. Gente, gente, gente...
Absolutamente imperativo era o espectáculo das orcas, sobre o qual eu tinha visto um programa na RTP2 que me tinha feito arrepender de não ter visitado o parque em Julho de 2008 (fui ao Magic Kingdom da Disney e ao da Universal, onde têm, entre outros, a travessia no lago do Jaws -- o Tubarão). Believe era o espectáculo que eu teimava ver. Começámos a fazer caminho quando, no altifalante, uma voz avisou que o espectáculo das onze e meia já estava cheio. Bolas!
Com algum tempo para ocupar até ao espectáculo do meio dia e meia, decidimos ir espreitar o espectáculo da Rua Sésamo, o Elmo and Abby's Treasure Hunt, sabendo que à partida sairíamos antes do final. Uns minutinhos para ver a reacção da mini-bolacha, tomar um gostinho, e pôr pés ao caminho. Foi muito engraçado, e adorou a mini-bolacha e adorámos nós, as graúdas. Pergunto-me se quem não é fã apreciará, mas deixo isso ao vosso critério.
O início do espectáculo:


It's another sunny day
For something fun to do
It's another sunny day
For learning something new
So much to discover
So come on out and play
On another like no other sunny day
...

Depois foi a vez do lá-lá-lá! (a voz esganiçada vem da palmeira!)


Sing, sing a song
Sing out loud
Sing out strong
Sing of good things, not bad
Sing of happy, not sad.
Sing, sing a song
Make it simple
To last your whole life long
Don't worry that it's not good enough
for anyone else to hear
Just sing, sing a song.

Abby, a fada, e Elmo, ou como é conhecido cá em casa, Emú, Emú:


Saímos a meio do espectáculo, nos corações a esperança de assistirmos ao espectáculo da Shamu (Shamu foi a primeira orca a ser capturada e mantida em cativeiro com sucesso, integrando o espectáculo de baleias assassinas do SeaWorld de San Diego em meados da década de 60; foi-se a baleia, manteve-se o nome, que continua a ser usado nos diferentes parques do SeaWorld).
Tínhamos saído nem há dois minutos quando ouvimos o aviso de que o espectáculo das baleias estava novamente cheio. Bolas, o seguinte era só às 6:30 e nós ainda íamos para Miami, a quatro horas de carro.
Fomo-nos aos primeiros granizados do dia, que gaja que é gaja afoga as suas mágoas em estilo. Isso e nos peixes. À uma da tarde, Blue Horizons, o espectáculo dos golfinhos:
Parte 1:


Parte 2:


Parte 3, que inclui a nossa parte preferida, quando a malta próxima do tanque apanha uma grandessíssima molha, heheheheheh:


Também houve uma parte com acrobacias e que incluiu passaritos, coisa de que eu não gostei lá muito e me fez dar um gritinho quando uma arara voou mais perto -- já cá disse que não gosto de pássaros? Hei-de cá vir conversar sobre o assunto, mas agora não temos tempo.
E a Shamu, perguntais. Foram? Isso... isso fica para amanhã.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Momento de felicidade #1

Ena pá, hoje acordei mesmo com o coração ao pé da boca. Ou, uma vez que a nossa conversa se limita a um monólogo escrito, direi que acordei com os deditos ao pé da boca. Vai daí, decidi criar mais uma rubrica no blog, minudências que me vão fazendo sorrir ao longo do dia.                     
Elmo
A de há pouco...
Enquanto estava no escritório a ver e a responder a mails e a bloggar, a minha filha estava na sala contígua a ver a Sesame Street devidamente alojada no Jumperoo para que não escapasse e se metesse em apuros.
O sorriso veio quando ouvi, no silêncio interrompido pelo teclar do marido e da ventoinha do computador, as palavras "emu, emu", sinal de que o "Elmo's World" já tinha começado. É que ela adora o Elmo. E eu aprendi a adorar também. O Elmo é um castiço.

P.S. Eu era daquelas pessoas avidamente críticas do TV-sitting. Até que fui mãe. Obrigada Sesame Street, obrigada Baby Einstein! Do fundo do coração, obrigada!

Estou numa de partilha ou de onde vens tu, leitor querido?

Hoje mais do que habitualmente, porque é um facto que quem tem um blog partilha o que pensa, mais ou menos abertamente, sabendo sempre que é mais seguro guardar para si pensamentos, sentimentos, ou opiniões do foro mais privado, mais íntimo, até porque por muito que um blog seja descrito como um diário pessoal, é um diário que está, neste caso, aberto ao público, e nunca se sabe quem lê esta coisa. É por essas e outras que eu vou tentando evitar cair no excesso de revelação, às vezes por mim, tantas mais pelas pessoas que decrevo, que não têm culpa desta minha boca descarada e até estimulam que aqui venha garatujar umas coisas, em parte porque os diverte, na maior parte porque me diverte a mim.
Ora uma das coisas que me diverte -- nem sei se é este o verbo apropriado, mas quero a sequência da frase anterior -- é ver as estatísticas do blog. Não tanto ver o número de leitores por dia, porque isso, meus caros, é mais deprimente do que fonte de regozijo. Giro giro, e isso sim fonte de divertimento, é ver de onde vêm as pessoas que me lêem.
Muitas vezes sei quem por cá passa, até porque em vez de trincas vou recebendo emails com comentários sobre um qualquer post com mais piada ou que tocou mais (os de mamãe são clássicos). O meu público concentra-se na área de São João da Madeira, não sei porque Oliveira de Azeméis não aparece no radar do Google Analytics, imbecil!, havendo um ou outro fã em Lisboa, Porto, e Braga, todos eles amigos.
Mas, caríssimos, a verdade é que santos de ao pé da porta não fazem milagres, e o que me encanta são os visitantes de terras exóticas e que eu não faço ideia quem são. Por exemplo, hoje alguém me leu de Pau, uma terriola simpática lá para os lados da França. Também me leram em Vitória, a capital do estado do Espírito Santo, no Brasil, e que ainda por cima tem como alcunha "Ilha do Mel". Há lá coisa mais doce?
Pois é, acho piada a quem me lê de sítios exóticos. Um dia, em jeito de miminho a um leitor na Malásia, até procurei a palavra "abraço" em malaio. Acho que o leitor nunca o soube, mas eu cá aprendi a mandar um  memeluk, palavra com sonoridade engraçada e cuja utilidade futura não é de ignorar, podendo eu um dia vir a usá-la para nomear um canito.
Peço pois que não me julgueis demasiado severamente, que sou moça pacata e muito amiga. Pergunto-me se serei a única blogger com esta pancada...

Hug shirt
P.S. À custa deste post e de procurar uma foto para ilustrar o texto, ao googlar "photo hug" encontrei umas camisolas que dão abraços. A hug shirt tem uns sensores que comunicam com telefones, assim permitindo que sejam enviados abraços a quem as usa. Só me ocorre escrever neat, que é como que diz fixe! A Time Magazine também achou, elegendo-a, em 2006, como uma das Melhores Invenções do Ano. Um xiiiiiiiiiiiiiii!

Segunda-feira, 18 de Abril, Fogo de Artifício @ Epcot

Na semana passada, a minha Segunda-feira terminou assim, em beleza, com o espectáculo de fogo de artifício IllumiNations: Reflections of Earth, no Epcot. Pois que a vossa Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado, e Domingo comecem e terminem assim:


PUM!!!!!!!!!!

domingo, 24 de abril de 2011

Feliz Páscoa

Jardim do vizinho

Foto do jardim do vizinho. Quem entra no canyon, quarta casa à direita, a da curva.
Cá em casa ficaram a faltar os ovinhos de chocolate Cadbury que a minha sogra, perdão o Easter Bunny, religiosamente envia todos os anos. Quando admoestada prometeu redimir-se e avisar o Coelhinho que tem de fazer mais umas entregas. Nós estamos à espera.

Vai fazer calor. Vai tu!

Nous sommes arrivées

Na valise gargalhadas, alegria, e já muitas saudades. Também uma constipação que ontem me atirou para a cama depois do almoço e me obrigou ao narcótico para controlar a rave que não parava na minha cabeça. Gaja que é gaja é festa todo o dia.
Na máquina fotográfica nada menos do que 928 fotografias. Não esquecer ainda das do iPhone que graças aos deuses da tecnologia também guarda vídeos. E agora, arrumar isto tudo? Ir de férias dá uma trabalheira, essa é que é essa.
O curioso disto tudo é que esta viagem pela Florida acontece precisamente dez anos depois da viagem que nos levou, à Kate e a mim, à descoberta do Brasil. Lembro-me de submeter a tese de mestrado numa Sexta ao final da tarde, em Braga, rumar a Oliveira de Azeméis para fazer a mala e, poucas horas depois, já Sábado, me enfiar num avião rumo ao Rio. Foi nesse dia que aprendi a valiosíssima lição de não combinar Valium, mesmo só meio, com aviões, pois não fechei o olho nem um segundo durante o voo e andei drunfada todo o dia seguinte. Daqui se deduz que não tenho jeito nenhum para as drogas, mesmo as prescritas.
Nessas duas semanas de regabofe a Kate e eu andámos de asa delta porque a miss tinha medo de andar no teleférico rumo ao Pão de Açúcar (ele há gajas que não se entende!), curtimos o calçadão, vimos as Dunas brancas de Araruama, percorremos a Rua das Pedras em Búzios, bebemos mais caipirinhas do que nos conseguimos lembrar, aprendemos a dançar forró em Maceió, tivemos um pneu furado num mini-carro (um Fiat Uno?) cujo depósito estava a perder gasolina, ao anoitecer, cana de açúcar de um lado, cana de açúcar do outro, e nem vivalma por perto (que aventura!), comemos queijo fundido na praia, fomos a Olinda, fizemos praia em Porto de Galinhas onde felizmente não as há...
Dez anos depois a viagem inclui uma mãe, a da Kate, e uma filha, a minha. E da exploração da Florida constaram a Universidade da Florida, em Gainesville, parques de diversão, um da Disney e outro mais dedicado ao peixume, praia em Bal Harbor, uma análise da fauna nocturna de Miami, incluindo a necessária tour pela rua do Versace (ler "vérsásse", mesmo à parola, reminiscências de uma colega de faculdade que tive, mais ignorante e estúpida do que ela e eu sabíamos, e que de tão fina pronunciava "gusse" e "stander"), almoço ao pé da praia, bem à portuguesa, granizados de Piña Colada e de Daiquiri de Morango servidos pela funcionária mais incompetente e ineficiente que eu já vi em toda a minha vida (quase parecia uma repartição de finanças em Portugal), um apartamento de vistas lindas com direito a valet, ginásio, turco, piscina e a 50 metros da praia -- isto, meus amigos, isto sim é luxo!... ah... como gosto do dolce fare niente...
Pergunto-me quem levaremos daqui por dez anos, segura de que nas valises traremos ainda mais felicidade e saudades, dos sítios que visitaremos e de quem somos quando estamos juntas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Terça-feira, 19 de Abril, 2011, SeaWorld

Continuam as madames na senda dos parques temáticos. Desta feita a meter água entre um ou outro granizado de Daiquiri de Morango para mamãe da Kate, que é doutora (das verdadeiras) e senhora muito chic, e de Piña Colada para Kate e myself, que somos mais plebe.

Quase lhe toca, cavalo marinho e mão de mini-bolacha

Manta ride - a Kate queria ir, eu disse-lhe não ser suficientemente amiga para alinhar (no fim não houve tempo, graças a Deus!, que amigas amigas, montanha russa à parte)


Detalhe da Manta -- ali é que não me apanham!

Sesame Street, há uma fã na quadra maravilha

Show dos golfinhos

Dolphin-surfin'

Estava calor, até a mim apetecia...

Pinguins ao fresco

Believe, show das baleias, salto

Moi, alto?

Nice baleia, nice baleia!

Quatro baleias, quatro caudas

SPLASH!!!!!!!!!!
Shamu, a baleia

Eu fiz vídeos. Depois trago cá para fazer mais raivinha, sim? Kisses kisses de Miami, de onde agora vos escrevo.

Segunda-feira, 18 de Abril, 2011, Disney World Epcot Center

To all who come to this place of joy, hope and friendship, welcome...
Epcot Dedication Plaque

Programa das festas de Segunda-feira, 18 de Abril, 2011, com Kate, mamãe de Kate, mini-bolacha, et moi: Disney World Epcot Center com direito ao Flower and Garden Festival.
Inaugurado em 1982, o Epcot é um dos quatro parques temáticos do Walt Disney World Resort. Duas vezes maior do que o Magic Kingdom, quiçá o mais conhecido, o Epcot tem duas partes, o Future World, cujas atrações se concentram no campo da inovação e dos avanços tecnológicos e onde, segundo eles, os sonhos se transformam em realidade, e o World Showcase, que é uma espécie de Expo em ponto pequeno, com pavilhões de países como a China ou a Itália e onde existem lojas, restaurantes, e outras atracções.
Aqui vos deixo umas fotinhas do festival das flores começando pela Minnie, passando pelo Faísca propositadamente para o Francisco do Carlitos e da Belinha!, e finalmente chegando à não muito Branca de Neve,e um ou outro anão, e acabando com o IllumiNations: Reflections of Earth, o espectáculo de fogo de artifício.

Minnie Mouse, Flower and Garden Festival

Faísca McQueen, Flower and Garden Festival (para o Francisco!)

Branca de Neve e alguns anões, Flower and Garden Festival

IllumiNations

IllumiNations

domingo, 17 de abril de 2011

Faz hoje quatro anos

Que enviei um email aos meus amigos dizendo "Houve um tiroteio na universidade. O Nick e eu estamos bem."
A universidade era a Virgínia Tech, e nesse dia, entre alunos e professores, a loucura levou trinta e duas vidas.
Eu tive um início de manhã estúpido, já estava na universidade quando, por duas vezes, fui a casa buscar umas chaves que afinal estiveram comigo o tempo todo.
Finalmente no escritório, estava no chat do Skype com o Levi, em Raleigh, e com a Mariann, na Hungria, quando o alvoroço começou. Dezenas de carros de polícia, ambulâncias, uma barulheira infernal de sirenes.
Depois os emails. O primeiro informava terem sido disparados tiros num dormitório. O segundo pedia para nos afastarmos das janelas e trancarmos as portas dos gabinetes. Já então a CNN noticiava o incidente, estimando em vinte o número de mortos. O terceiro orientava a evacuação do campus, uma metade a sair ao meio dia, a outra meia hora depois de modo a evitar congestionamentos.
Saímos ao meio dia e meia sob escolha policial. Por todo o lado agentes SWAT com armas que me pareceram irreais de tão grandes. Assim como os próprios, que me pareceram gigantescos. Ou talvez fosse da minha alma, que eu sentia tão pequena.
O circo dos media chegou no dia seguinte, mas disso eu lembro-me pouco. Lembro-me sim de um país estarrecido, incrédulo na sua dor tão comum, um país de luto. No ar e para sempre as palavras da poetisa "we will prevail, we will prevail, we will prevail. We are Virgínia Tech!". E nesse dia e nos muitos que se seguiram, nós fomos.
Cometido por um aluno da universidade, este ataque foi o que, dentro do género, causou mais vítimas mortais, mesmo mais do que o massacre em Columbine, que em 1999 levou 15 vidas. Tudo uma estupidez.
Já foi há quatro anos...

Mi-aMor

Coisas absolutamente sem interesse que se conversam nos aviões, desta feita no meu voo Phoenix-Charlotte.
Mia Mor. Nome próprio Mia, apelido Mor, souvenir de um marido que não atirou pela janela com o fim do casamento (o apelido, não sei o que fez ao marido e não sou pessoa de inventar historietas assim sobre desconhecidos, já sobre conhecidos a coisa pia mais fino). Diz que se apegou a ele (mais uma vez, ao apelido) e o manteve. De uma amiga do meu companheiro de voyage.
Acho que o mundo deve ser um nadinha mais doce com alguém com esse nome.

sábado, 16 de abril de 2011

Sábado, 9/Abril: Vénus, aquela que traz a paz


Na semana passada foi assim.
Vénus chegou a seguir Marte, aquele que traz a guerra, violento, enérgico, bélico.
Como uma brisa fresca numa noite de Verão, como o flutuar dos dentes de leão ao vento, Vénus chegou devagarinho, com calma, quase sem darmos por isso. Feminina, doce, quase consigo sentir o perfume do jasmim...
Este foi o meu planeta preferido.

Do Arizona até à Florida num instantinho


Gaja que é gaja de vez em quando pega na sua pochette, pega na sua valise, e vai-se ao mundo! Desta feita, o meu mundo será a Florida, do outro lado dos Estados Unidos, estão a ver na figura?
No Sábado aquela linhazinha ler-se-á da esquerda para a direita, como convém, e já na Quinta-feira a linhazinha será lida ao contrário, da direita para esquerda (ou se quiserem virar o computador de pernas para o ar, então mais uma vez da esquerda para a direita, como convém).
Com esta mania de viajar leve não levo o computador. Acho que é a primeira vez. Hum... talvez seja a segunda... Não levando o dito, levo a mini-bolacha, que será fonte de grande entretenimento para mim e para os demais passageiros que tiverem a (má) sorte de viajar connosco. Ah pois, que voar com criancinhas é sempre muito gostoso, especialmente sem mais ninguém na comitiva...
Daí que não prometa vir cá tão amiúde contar-vos das nossas aventuras pelo reino da Disney, pelo Seaworld, pelas ruas de Miami (ler miâme)... quero dizer, não prometo vir logo, imediatamente, porque boca rota que sou, cá postarei umas tantas novas mal me apanhe novamente deste lado.
Até lá, gozai o fim-de-semana, gozai a semana, gozai, amigos, gozai. Que nós, Kate, mamãe de Kate, mini-bolacha, e Maria, também gozaremos. Muito.
Gros bisous!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Estou a ficar velha, uma definição

"OUVE AQUI A EMISSÃO ONLINE", em www.rfm.pt

Ouça Aqui - Emissão Online no pop-up do Firefox

É só a mim que este tratamento tão informal que a RFM adoptou, de tratar a malta por "tu", incomoda?
Eu gostava tão mais quando a RFM era "a sua rádio"...
Estou a ficar velha...

Nota de esperança: A julgar pelo desfasamento nos textos das figuras acima, parece-me que a própria RFM ainda não se decidiu.

Eficiência, uma definição


Na Quarta-feira...
Levantou-se bem fresca logo pela manhã ainda que na Florida, EUA, o dia fosse de calor.
Pequeno-almoçou um iogurte com cereais e atirou-se ao trabalho de gestão com afinco -- em Portugal o dia amanhecera cinco horas antes e era preciso recuperar o tempo perdido.
Entre facturas, recibos, extractos de bancos, notas de débito e/ou crédito, o Skype, o Voipbuster, e o iPhone não lhe deram sossego.
De pop em pop o email foi avisando das incoming messages que tinham de ser respondidas. E foram-no.
Uma pausa, um break: quarenta e cinco minutos a dar braçadas na piscina seguidos de quinze minutos no banho turco.
Voltou a casa.
Fez a cama.
Lavou a louça.
Limpou o chão da cozinha.
Fez quatro máquinas de roupa (na realidade oito, já que são quatro de lavar e mais quatro de secar).
Dobrou meias.
Fez sopa.
Fez sumo de laranja e guardou no frigorífico.
Descascou duas papaias, cortou aos pedacinhos, e guardou no frigorífico.
Eficiência?
Não.
Procrastinação: tem teste de finanças no Sábado.

Graçolas à Sexta #9: Ora dá cá um, e a seguir dá outro, que só dois é pouco!


Meus amigos, hoje a graçola é mais cantada. Tinha em mente escrever sobre outro sukete, mas a verdade é que passei o dia todo ocupada a trabalhar ao computador e, agora que é chegada a altura de escrever a graçola, foi-se-me a inspiração.
Estou cansada e quero é beijinhos. E como eu até só digo disparates, disparates, disparates...
Composta por Carlitos Paião em 1980 (a sério que já foi há trinta anos!):
Ai rapariga, rapariga, rapariga
Que só dizes disparates, disparates, disparates
E tanta asneira, tanta asneira, tanta asneira
Que para tirar tanta asneira não chegam 100 alicates
Mas tu não sabes, tu não sabes, tu não sabes
Que isso de dar um beijinho já é um costume antigo
Quem te disse, quem te disse, quem te disse
Que lá por dares um beijinho tinhas de casar comigo.

- Ó chega cá.
- Não vou.
- Tu és tão linda.
- Pois sou.
- Dá-me um beijinho.
- Não dou.

Interesseira, convencida, ignorante, foragida, sua burra,
És a miúda mais palerma, camelóide que eu já vi
Mas porque raio é que tu queres os beijinhos só para ti.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ai rapariga, rapariga, rapariga
Dás-me cabo do miolo para te levar com cantigas
Ai mas que coisa, mas que coisa, mas que coisa
Diz lá porque é que tu não és como as outras raparigas
Quando eu pergunto se elas me dão um beijinho
Dão- me tantos, tantos, tantos que parecem não ter fim
E tu agora estás com tanta esquisitice
Que qualquer dia já queres e não sabes mais de mim.

- Dás ou não dás?
- Não, não.
- Então dou eu.
- Isso não
- Dá-me um beijinho.
- Não dou não.

Diz lá porquê, sua esganada, egoísta, mal-criada
Sua parva, só se pensas que eu acaso tenho a barba mal cortada
E vê lá se tens receio que a boca fique arranhada.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

- Então vá lá.
- Já disse.
- Eu faço força.
- Que parvoíce
- Dá-me um beijinho.
- Que chatice.

Analfabruta, pestilenta, hipocondríaca, avarenta, bexigosa
Vou comprar um dicionário que só tenha nomes feios
Que é para eu tos chamar todos até tu teres os ouvidos cheios.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Para vós, um beijinho. E que atrás deste venha outro. Ou outros, que só dois é pouco. Dos docinhos. Como as bolachas! Que atrás de uma vem outra e me sabem sempre a pouca...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quem está engaiolado?


Há pouco, enquanto passadeirava* no quarto-de-exercício**, houve um passarito que, de modo hesitante, de abeirou da janela atrás da qual eu, ofegante, o observava. Tomando o seu tempo, passo a passo, como se a manhã a mais nada fosse dedicada senão à contemplação dos humanóides, aproximou-se e olhou-me soslaio.
Nessa altura senti-me como se eu fosse um passarito engaiolado e o gajo, na liberdade do meu quintal, fosse o humano desembaraçado. Até, claro está, ao falcão que o apanhar, que eu ainda há dias vi uma rola a ter este fim mesmo ao lado da minha casa (as peninhas pareciam dentes de leão ao vento, até bastante bonito).
Já vos disse que não gosto de pássaros?

Asterisco: Podia ter escrito "enquanto corria na passadeira" mas eu não corro, meus amigos, talvez por breves momentos me arraste num quase passo acelerado e saltitante, prestes a deitar os pulmões pela boca, que imagem tão linda!, mas o que faço não se chama correr.
Dois asteriscos: O quarto-de-exercício é um quarto que, como o nome sugere, é dedicado ao exercício, e onde estão a passadeira (que acumulou muita milha durante os 15 anos de utilização pela minha sogra), o banco de pesos do marido (ou weight bench, que o próprio usa amiúde e eu nem por isso, que sou moça pouco dada ao levantamento de peso), e o saco de pontapés (ou kick bag, que o marido já usou mais enquanto treinava para o cinturão negro de taekwondo***).
Três asteriscos: Metam-se comigo, metam...

I am a stay at home mother #1: a culpa

Mão de mini-bolacha em mão de mãe bolacha

Para aqueles que me lêem sem saber muito bem quem está deste lado, e sim, sobeja aqui a esperança de ser lida por mais do que um ou outro amigo que sabe a cor dos meus olhos, deixem-me dizer-vos um pouco mais sobre mim. 
Neste momento estou de licença de maternidade. A minha filha tem dezoito meses e eu continuo de licença de maternidade. Não me lembro do nome, e sinto que devia, quando mais não seja por cortesia para com o Estado português. Não me lembro de como se chama, mas é uma licença que os funcionários da administração pública podem tirar, até dois anos, licença essa que não é paga, não conta para efeitos de reforma, e não tem quaisquer tipos de apoio - queria deixar isto aqui claro, não vão os menos informados achar que eu estou a viver à custa do Estado, e não é verdade. Eu gostava que fosse, não me interpretem mal, eu gostava mesmo que o Estado me pagasse para eu estar em casa, mas não é o caso.
Tampouco uma digressão sobre os privilégios de se ser funcionário público é o objectivo deste post. Até porque, se houver alguma cabecita por aí já a pensar "esses papa-jantares que são os funcionários públicos, não trabalham nada e só querem viver à nossa custa", e por "nossa" entenda-se à custa dos que pagam impostos, deixem-me só responder rapidinho que, número um, os funcionários públicos tiveram em Janeiro um corte no ordenado e uma palmadita nas costas em jeito de obrigadinha, porque o Estado não só esteve à vontade como até esteve "à vontadinha", e número dois, os funcionários públicos também pagam impostos.
Mas então dizia...
Eu sou uma stay at home mother. Por enquanto, até o meu departamento me chamar e, espero, receber de braços de abertos tão saudoso de mim quanto eu estou dele. E aí é que vão ser elas.
Se a profissional em mim quer dar o grito do Ipiranga e voltar a trabalhar, a sentar-se à secretária, a ter tempo de responder a emails e soar toda "professora", a mãe em mim sente já na ponta dos dedos os carinhos que não farei no cabelo da minha riqueza, os beijinhos que não lhe darei antes de fazer a sesta, as brincadeiras que não verei, as gargalhadas que não ouvirei mas de que saberei quando a for buscar à escola.
Eu gosto muito de estar em casa com a minha filha. Adoro poder respeitar as rotinas dela, levá-la ao ginásio para que socialize (outra promessa de post), ler-lhe os milhentos livros que temos em casa, em português e em inglês, ir passear... tudo isso eu adoro e não há dinheiro que pague assistir à viagem que percorre de lagartinha até bubuleta.
E aqui a outra em mim, insidiosa, vem ao de cima de fininho com o outro lado da culpa. Como tantos amigos fizeram aquando da tomada de decisão, a outra em mim censura-me. No meio de impropérios lembra-me que estudei anos e anos para agora estar em casa a limpar ranhos e cocós. A estudiosa em mim até já está aqui já aos pulos a lembrar-me da meia-dúzia de economismos que permeiam as minhas afirmações. São muitos, e deixo-vos aqui alguns.
Vejamos, por exemplo, o conceito de trade-off, que nos diz que para se ter uma coisa se tem de abdicar de outra. Em segundo, o aquele "não há dinheiro que pague" está a dar-me uma coceira: então não há dinheiro que pague!? E o dinheiro que eu decidi deixar o patrão não me pagar, chama-se o quê? E vamos pensar para além do ordenado, vamos pensar nas deduções que não estou a fazer para a minha reforma, por exemplo. E vamos, já agora, pensar no tiro no pé que estou a dar profissionalmente. Num meio onde cada pessoa vale pelo que produz em termos de contribuição para o desenvolvimento científico na área, sob a forma de artigos, por exemplo, suspeito que a minha não produção, mesmo que justificada por não estar "ao serviço", não seja vista com bons olhos.
De modo resumido, portanto, qual é o custo de oportunidade de estar em casa versus ter ido trabalhar?
Confortavelmente instalada na decisão de ter ficado em casa pergunto-me, exactamente assim:  pior, qual é o custo de oportunidade de ir trabalhar e deixar a minha filha entregue aos cuidados de outrem?
Espero que a solução para o meu problema de optimização intertemporal seja a que escolhi. 
Cheira-me que voltarei a este assunto mais vezes.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Três e meia da tarde em Phoenix, onze e meia da noite em Portugal


São três e vinte e quatro da tarde e eu estou a trabalhar num relatório para o núcleo de investigação a que pertenço. Concretamente, estou a descrever o meu plano de trabalho para o que resta de 2011 e 2012. Da minha dissertação tenho três working papers que já apresentei em conferências mas que ainda não submeti para publicação e um quarto paper que existe somente enquanto sub-capítulo da dita. Tenho também um projecto em mãos com o marido do qual podem vir a sair três ou quatro lindos papers. Tudo extraordinariamente importante e relevante, naturalmente.
Mas o que eu vim aqui dizer mesmo é que estou a ouvir a RFM enquanto trabalho, e no ar está já o Oceano Pacífico. Ah... as saudades que me isto traz do início do doutoramento, quando era já quase manhã em Portugal e eu estava a trabalhar na ainda noite da Carolina do Norte. Cinco horas de diferença que naqueles instantes se traduziam em dias distintos. Cheguei mesmo a escrever ao João Chaves, que delicadamente me escreveu de volta a desejar boa sorte para o doutoramento. No ar Pedro Abrunhosa, Tudo o que te dou.

Nota da unidade de saúde do estaminé: Precisa-se de doutor (dos verdadeiros). Tenho saudades de trabalhar, acho que estou doente.

Blog indecente e quase pornográfico


Um cupcake americano em Londres.
Acho que blogs destes deviam ser proibidos.
Entre tantas outras coisas, são verdadeiros atentados à saúde pública: já avaliastes o perigo que o meu extremo salivar representa para a manutenção de postura bípede de quem tiver o azar de se cruzar com a minha pessoa? Heim? Já pensastes na quantidade de rabos espalmados no chão que se adivinham em meu futuro? Começando talvez pelo meu próprio?

Nota da tradução: eu já vi alguém sugerir "queque" para tradução de cupcake, só que eu penso que não são a mesma coisa. Assim como um brownie não é um simples bolo de chocolate e nem um pastel de Belém é um pastel nata, este último sendo tão melhor (é desta que perco a clientela lisboeta...).
Nota da culinária: este blog tem receitas!
Nota da Maria: nham nham... cupcake com Oreo...
P***s de calças...

Eu speak português, and tu?


Coisas de se ter uma filha bilingue:
  pato = dâqui (de ducky, patinho)
  peixe = fichi (de fishy, peixinho)
  aranha = anhanha
  macaco = acaco
  olho = áái (de eye, olho em inglês)
  bola = báli (porque o pai lhe diz bally, bolinha)
  flor = shôish (não faço ideia onde o foi buscar)
  pão = cáu (seria tão mais giro se fosse cão, mas não, não é, e ela quer mesmo os grissini, aqueles palitinhos de pão italianos, se bem que pão também marcha que é uma maravilha -- é mesmo minha filha!)
  água = auéi
  banana = anana (dito à portuguesa e não à inglesa, tipo "banéna")
  tchau = tchaaau
  mamã = mamma (com uma intensa pronúncia italiana)
  papá = papá
  avô (grandpa) = apápá
  bebé = ébé
  chupeta = pê ou pêpê
  pé = a pê (tal qual chupeta, ainda que saiba bem a diferença e nunca tenha tentando meter o pé na boca - até ver)
  xi = xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii (o meu preferido, especialmente quando vem a correr e se agarra às minhas pernas ou, quando estou sentada, aos meus braços)
  já está = játá

Também é muito castiço pedir-lhe que faça os sons dos animais em qualquer das línguas:
  vaca/cow = muuuuu
  coruja/owl = uuu-uuu
  passarinho/birdie = tii-tii
  pato /duckie = cá-cá
  cão/doggie = uuufff-uuufff
  ovelha/sheep = baaaa-baaaa
  cabra/goat = maaa-maaa
  lobo/wolfie = auuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
  gato/cat = miauuuuu
  peixe/fishy = pac-pac-pac
  porco/piggie = ronc-ronc
  galo/rooster = glglglglgllgoooooo (de cock-a-doo-dle-doo, que cá em casa os galos andam armados em finos e não fazem cócórócócó)
Finalmente, e sinal irrefutável de que os pais não se entendem quanto ao barulho que a criatura faz:
  cavalo = cloc, cloc, cloc (barulhinho com a língua)
  horsie = neííííííííííííííííííííííííííííííííííí (do verbo neigh, relinchar)
se bem que ela sabe que um cavalo é um cavalo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Estou metida num aperto

Esta não sou eu. Mas podia ser, se bem que a minha cuequinha é mai' linda.

Conversa entre mamãe de Maria e a própria:
"Mas não comes bolachas porquê, é para ver se ficas magra?"
"Não, é para ver se a roupa me aperta menos."

Claro está que eu aprendesse a comprar roupa que não primasse pela justeza a coisa corria de outra maneira...
P***s de calças...

Há dois dias, quarenta e oito horas, dois mil oitocentos e oitenta minutos...

... que a Maria está de dieta de bolachas, o que implica não as comer.
Isto, meus amigos, é fonte de grande sofrimento, ansiedade, e tristeza para a Maria.
Há dois dias, quarenta e oito horas, dois mil oitocentos e oitenta minutos que a Maria não come nenhuma bolacha. Nem das Maria.
A Maria está triste.
A Maria Bê num está.

Nota da Maria: a Maria gosta de escrever na terceira pessoa.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sábado, 9/04: Os Planetas de Gustav Holst, um filme sinfónico -- Introdução por Lawrence Krauss

Folheto

Começou assim...

Lawrence Krauss é Professor na Escola da Terra e Exploração do Espaço (School of Earth and Space Exploration) e no Departamento de Física da Arizona State University. Os seus interesses a nível de investigação vão desde a interface entre física das partículas elementares e cosmologia até à natureza da matéria negra (dark matter), relatividade geral, e astrofísica de neutrinos. Já investigou questões que vão da natureza das estrelas que explodem a assuntos relacionados com a origem de toda a massa no universo. Sendo o único físico a ter recebido os prémios mais importantes das três sociedades de física profissional americanas, Lawrence é um defensor ardente da educação científica, e tem contribuído para a educação do público sobre ciência, para o assegurar de uma política pública saudável e sem vícios, e para a defesa da ciência contra proponentes de explicações não racionais de fenómenos naturais.*
Entre tantas outras coisas, o Lawrence Krauss deve ser um óptimo convidado para jantar. Daqueles que de facto não conseguem comer porque a palavra é sempre sua.

*Tradução foleira do folheto do concerto. Sou a primeira a dizer que o Lawrence merecia melhor.

Sábado, 9/04: Sinfonia & Stephen Hawking


Foi bestial, foi fantástico, foi... faltam-me adjectivos que qualifiquem adequadamente a noite de Sábado. Da música às imagens, do homem aprisionado num corpo que o fintou à mente que se libertou e conquistou o cosmos, o espectáculo foi, enfim, digno do adjectivo que o tem como origem. Prometo trazer aqui uma descrição detalhada e, na medida em que a tecnologia cooperar, alguns momentos que guardei da noite.
Boa Segunda, uma Segunda cósmica. Que podem ler de relance e perceber orgásmica. Pois porque não?

domingo, 10 de abril de 2011

FMI, espera um instantinho que eu vou já!!!!

http://www.imf.org/external/np/sec/pr/2011/pr11124.htm

Ponto número um, ninguém se chega à frente. Vejamos: Aníbal Cavaco Silva, o nosso Presidente da República, recusa "intervir na negociação com a oposição do pacote de ajuda financeira a Portugal"; Teixeira dos Santos, ex-actual-por enquanto-whatever Ministro das Finanças, afirma que "[n]egociar com a oposição o programa de assistência financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) não é uma responsabilidade do Governo”, mais dizendo que "cabe à missão europeia que vier a Portugal acordar a ajuda externa a responsabilidade de negociar com a oposição o pacote de assistência". Já a mui doce Bruxelas dos chocolates praliné "considera que essa é a tarefa do Governo".
Ponto número dois, eu sou uma moça dada. Eu dou-me à cozinha, eu dou-me à maternidade, eu dou-me à pintura, eu dou-me ao crochet... Já houve dias em que me dei às aulas na universidade (bom, dei as aulas), me dei ao doutoramento, me dei à economia, que isto não é só regabofe, e é bom que saibais que sou moça educada e bem (obrigada Universidade do Minho, obrigada North Carolina State University -- que sou dada porém não mal agradecida).
Por isso, meus amigos, se não há quem negoceie, vou eu, que até já fui ao Egipto (Egito?) e por lá negociei, entre outras bugigangas, tapetes, papiros, e estátuas em lápis-lazúli que foi um miminho, só vos digo.

sábado, 9 de abril de 2011

Stephen Hawking, it's a date!

Gammage Auditorium, Tempe, AZ

Sábado, 9 de Abril, 19:00

No Gammage Auditorium, em Tempe às, 19:00. Por favor não cheguem atrasados.
Se não puderem ir eu depois conto como foi.

Uma nota interessante: o Gammage Auditorium, de nome completo ASU Memorial Auditorium Tempe, onde ASU é o acrónimo de Arizona State University e se pronuncia ei-éss-iú e não "ásu", foi o último edifício público comissionado ao arquitecto Frank Lloyd Wright. Aberto ao público em 1964, tem uma capacidade de cerca de três mil pessoas. Esta é, aliás, uma das maiores salas de espectáculos universitárias a nível mundial.
Nota ainda mais interessante: o projecto inicial, uma opera house, estava previsto para Bagdad, no Iraque. Mais info aqui.

Provérbio vindo de longe: O ovo e a pedra


Eu gosto de provérbios, palavra que gosto. E um dia, quando tiver tempo, perdão, mais tempo, porque tempo parece que ainda vou tendo, assim o testemunham as postas que por cá vou deixando dia sim, dia sim senhor, prometo escreverei sobre o assunto. Juro que prometo (hã!?).
Mas hoje, sem grandes delongas, que ter mais que fazer obriga a que evite os rodeios de que também tanto gosto, venho trazer-vos um provérbio africano que encontrei na caixinha de comentários de um blog que adoro e sigo com a ternura de uma visita que já vai sendo da casa e se senta no sofá, não com a pose de menina fina, rabo na metade frontal do assento, pernas flectidas para o lado, costas direitas, mãos pousadas uma sobre a outra -- um dia já me sentei assim, à frente da mãe de um namorado, o que já parece foi noutra vida... e sim de braço aberto pousado nas costas, num quase abraço expectante das histórias a ser contadas entre golinhos de chá e bolachas de canela.
O dito provérbio reza assim:
when talking with a stone, an egg is always wrong.
(em conversa com uma pedra, o ovo está sempre errado.)

E se o ovo for de dragão? Pergunta estúpida. Toda a gente sabe que... E se a pedra for a filosofal?
Está-se mesmo a ver que a parvoeira continua...
Continua...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Graçolas à Sexta #8: Eu sou/tu és /ele é... o Presidente da Junta


Uma rapariga tenta, palavra de honra que uma rapariga tenta, mas não dá, não é possível ignorar o que se vai passando pela pátria. Pela minha, não por esta que tão calorosamente me acolhe -- e o advérbio é algo literal, pois que a Primavera chegou em força e os dias parecem de estio, convidando ao papo para o ar e ao levantamento de copo à beira da piscina (com este "beira" vê-se logo que sou do Norte, carago!).
Pois a minha/nossa pátria anda à deriva, falta-lhe um timoneiro que a leve a bom porto, que tanto pode ser aperitivo como digestivo, tawny, ruby, LBV, ou vintage, o que importa é que o copo venha cheio (ai que horror, que falta de chá!!! -- amigos, à colher também serve).
Dou-se-me um bocadito à parvoeira porque o tema que hoje trago é sério. É crítico. Tem pois, como se poderia ler se eu fosse mais povo ou capaz de um trocadilho com o estatuto de devedor do país, a haver com a crise. Ai crise crise... não há burro que te não pise... e não, não sei o que isto quer dizer, só que rima e eu sou rapariga que gosta de uma rima. E de rima em rima, porque quem gosta de rimar também gosta de dançar (e de comer, e de beber, e de ler, mas nenhum destes rima com rimar, e já cantar sabe Deus que a minha voz é de fugir), chegamos ao tema da semana que é também, sabe-se lá como, graçola.
O texto do Manuel Caldeira Cabral no Jornal de Negócios deu-me a inspiração para a graçola desta Sexta. Intitulado "O momento do Presidente", obriga-nos a reflectir sobre os cenários com que Portugal se depara, cada um mais tortuoso que o seguinte. Diz o Manuel que, "neste momento, a solução terá de vir da única instituição nacional em plenas funções. A Presidência tem de acordar."
Não estando disponível a da República, não a das Bananas, que por sinal deve ser mais soalheira e dada à palmeira, mas a nossa, eis que um presidente se disponibiliza para a incumbência, neste caso o da Junta. Quem não se lembra do "eu é que sou o prdresidente da junta!"?
Segundo o Programa "Divinas Comédias", apresentado pelo muito saudoso Raul Solnado e pelo Bruno Nogueira, a origem do presidente remonta a um sketch que o Herman fez no seu programa Parabéns, em 1994, durante o qual parodiou o programa "Praça Pública", da SIC.
Agora engraçado engraçado é que nos cartazes hasteados pelo povo que grita que o lixo é seu amigo se pode ler, entre outros, "Cavaco gosta de banho". Apropriado, não?
Mudam-se os tempos, mudam-se as questões, mas Portugal mostra que os cartazes podem ficar os mesmos, podendo quiçá haver lugar a uma piquena reciclagem, que fica sempre bem. Notai, aliás, a sintonia perfeita entre esta temática tão verde e a tutela da pasta do Ambiente e do Ordenamento do Território, em 1999. Dou-vos uma pista: tem nome de filósofo clássico grego. Ensinou Platão -- quem é amiga, quem é?
Amiga sim, todavia não presidente da junta. Hoje não. Amanhã, talvez.

(O conteúdo desta posta de pescada é da exclusiva responsabilidade da autora, e quaisquer semelhanças entre as tentativas-de-piada e a realidade são pura coincidência.)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Das saudades


Voltando à (minha) Kate...
Não é só que tenha saudades dela.
Tenho saudades de quem eu sou quando estou com ela.
Percebeis-me?