Que enviei um email aos meus amigos dizendo "Houve um tiroteio na universidade. O Nick e eu estamos bem."
A universidade era a Virgínia Tech, e nesse dia, entre alunos e professores, a loucura levou trinta e duas vidas.
Eu tive um início de manhã estúpido, já estava na universidade quando, por duas vezes, fui a casa buscar umas chaves que afinal estiveram comigo o tempo todo.
Finalmente no escritório, estava no chat do Skype com o Levi, em Raleigh, e com a Mariann, na Hungria, quando o alvoroço começou. Dezenas de carros de polícia, ambulâncias, uma barulheira infernal de sirenes.
Depois os emails. O primeiro informava terem sido disparados tiros num dormitório. O segundo pedia para nos afastarmos das janelas e trancarmos as portas dos gabinetes. Já então a CNN noticiava o incidente, estimando em vinte o número de mortos. O terceiro orientava a evacuação do campus, uma metade a sair ao meio dia, a outra meia hora depois de modo a evitar congestionamentos.
Saímos ao meio dia e meia sob escolha policial. Por todo o lado agentes SWAT com armas que me pareceram irreais de tão grandes. Assim como os próprios, que me pareceram gigantescos. Ou talvez fosse da minha alma, que eu sentia tão pequena.
O circo dos media chegou no dia seguinte, mas disso eu lembro-me pouco. Lembro-me sim de um país estarrecido, incrédulo na sua dor tão comum, um país de luto. No ar e para sempre as palavras da poetisa "we will prevail, we will prevail, we will prevail. We are Virgínia Tech!". E nesse dia e nos muitos que se seguiram, nós fomos.
Cometido por um aluno da universidade, este ataque foi o que, dentro do género, causou mais vítimas mortais, mesmo mais do que o massacre em Columbine, que em 1999 levou 15 vidas. Tudo uma estupidez.
Já foi há quatro anos...
Nós estávamos no Brasil e sentimos muito receio por ti. Não foi fácil até termos notícias...
ResponderEliminarPARABENS
ResponderEliminarQUE CONTINUES POR MUITOS E MUITOS ANOS
Bjs
Teresa