sexta-feira, 8 de abril de 2011
Graçolas à Sexta #8: Eu sou/tu és /ele é... o Presidente da Junta
Uma rapariga tenta, palavra de honra que uma rapariga tenta, mas não dá, não é possível ignorar o que se vai passando pela pátria. Pela minha, não por esta que tão calorosamente me acolhe -- e o advérbio é algo literal, pois que a Primavera chegou em força e os dias parecem de estio, convidando ao papo para o ar e ao levantamento de copo à beira da piscina (com este "beira" vê-se logo que sou do Norte, carago!).
Pois a minha/nossa pátria anda à deriva, falta-lhe um timoneiro que a leve a bom porto, que tanto pode ser aperitivo como digestivo, tawny, ruby, LBV, ou vintage, o que importa é que o copo venha cheio (ai que horror, que falta de chá!!! -- amigos, à colher também serve).
Dou-se-me um bocadito à parvoeira porque o tema que hoje trago é sério. É crítico. Tem pois, como se poderia ler se eu fosse mais povo ou capaz de um trocadilho com o estatuto de devedor do país, a haver com a crise. Ai crise crise... não há burro que te não pise... e não, não sei o que isto quer dizer, só que rima e eu sou rapariga que gosta de uma rima. E de rima em rima, porque quem gosta de rimar também gosta de dançar (e de comer, e de beber, e de ler, mas nenhum destes rima com rimar, e já cantar sabe Deus que a minha voz é de fugir), chegamos ao tema da semana que é também, sabe-se lá como, graçola.
O texto do Manuel Caldeira Cabral no Jornal de Negócios deu-me a inspiração para a graçola desta Sexta. Intitulado "O momento do Presidente", obriga-nos a reflectir sobre os cenários com que Portugal se depara, cada um mais tortuoso que o seguinte. Diz o Manuel que, "neste momento, a solução terá de vir da única instituição nacional em plenas funções. A Presidência tem de acordar."
Não estando disponível a da República, não a das Bananas, que por sinal deve ser mais soalheira e dada à palmeira, mas a nossa, eis que um presidente se disponibiliza para a incumbência, neste caso o da Junta. Quem não se lembra do "eu é que sou o prdresidente da junta!"?
Segundo o Programa "Divinas Comédias", apresentado pelo muito saudoso Raul Solnado e pelo Bruno Nogueira, a origem do presidente remonta a um sketch que o Herman fez no seu programa Parabéns, em 1994, durante o qual parodiou o programa "Praça Pública", da SIC.
Agora engraçado engraçado é que nos cartazes hasteados pelo povo que grita que o lixo é seu amigo se pode ler, entre outros, "Cavaco gosta de banho". Apropriado, não?
Mudam-se os tempos, mudam-se as questões, mas Portugal mostra que os cartazes podem ficar os mesmos, podendo quiçá haver lugar a uma piquena reciclagem, que fica sempre bem. Notai, aliás, a sintonia perfeita entre esta temática tão verde e a tutela da pasta do Ambiente e do Ordenamento do Território, em 1999. Dou-vos uma pista: tem nome de filósofo clássico grego. Ensinou Platão -- quem é amiga, quem é?
Amiga sim, todavia não presidente da junta. Hoje não. Amanhã, talvez.
(O conteúdo desta posta de pescada é da exclusiva responsabilidade da autora, e quaisquer semelhanças entre as tentativas-de-piada e a realidade são pura coincidência.)
Desempacotado por
Maria Bê
às
00:04
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Muito bom! Perfect timming!!
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