sábado, 14 de junho de 2014

Das observações dos meus alunos e do esforço que eu tenho de fazer para me importar menos

Num exercício que eu poderia dizer que não mas que vós vedes à distância que foi absolutamente egotista, googlei-me. Não adianta dizerdes agora que não devia, os vossos paninhos quentes não me aliviam a angústia e nem a frustração. Agradeço o ombro amigo, o "there there" solidário, vós sabeis-me pessoa dada ao reconhecimento dos vossos afectos, mas isso não me apazigua. A partilha talvez o consigo, e é por isso que cá vim.

A frustração du jour advém então, sem mais delongas que o tempo é escasso, mesmo ao (especialmente?) Sábado, do que os meus alunos escreveram sobre mim num desses sites muito americanos dados à partilha de informação sobre os professores, qualquer coisa como "rate my professor".

Antes de mais, convém dizer-vos que uma das disciplinas que dei foi online e que eu fui mais uma administradora da aula, fazendo os exames e respondendo a emails, não aparecendo jamais nos vídeos das "lectures". Comentou então uma alminha sedenta de saber que deve ser a primeira vez que ensino e que, em mais de metade do tempo, eu não sei o que estou a dizer. Ora partindo do princípio que este rácio está correcto, o que eu gostava mesmo de saber é onde é que ele foi buscar esse tal tempo que tão duramente julga. É que, como já vos expliquei, ele nunca me viu a leccionar, confundindo-me claramente com a outra miss, que é bem mais loura e fala inglês com sotaque americano (o meu é jeitoso, mas jamais tão perfeito, I wish). Não preciso de dizer que não foi um bom aluno, eu sei, mas deixai-me aqui injuriá-lo um pouco, vá lá, fazei-me o obséquio. Que palerma...

E é tudo por hoje, bom fim-de-semana.

6 comentários:

  1. Se te serve de consolação, acho que a maior parte das pessoas já desenvolveu um mecanismo de filtragem de opiniões internéticas. Quando vais ao booking (por exemplo), ou àqueles sites que avalia restaurantes, não avalias as opiniões negativas (ou positivas) da mesma maneira pois não? Há sempre um tipo que não gosta porque é parvo, ou porque pensava que aquilo era um chinês mas afinal era japonês, e outros que tais...

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  2. O Rate my Professor é uma violência, tu mantém-te ao largo daquele inferno, Maria Bê.

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    1. É coisa do demo, Gralha! Vade retro...
      Mas a culpa foi minha, maneiras que foi justiça divina, quem me mandou ir ver se os gajos me tinham rates quanto à hotness? Marido tem dois pimentinhos vermelhos...
      Sorriso!

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  3. Ahahahah! Desabafa à vontade.
    Ele há pessoas muito injustas, mesmo, de facto ;)

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