segunda-feira, 22 de julho de 2013

Rititi no Porto, eu fui!

A Rita foi uma lufada de ar fresco. Vestida de cor-de-rosa, não cueca, mas bem choque, a Rita foi uma simpatia. Sorriso aberto, gargalhadas fartas, descontraída e absolutamente deliciosa. Eu estava um bocadinho star struck, confesso, e mal conseguia formar dois pensamentos coerentes. Mas o mais bestial de tudo é que a Rita veio de família, aquilo é que foi um consolo. A trupe do Mister Pinheiro, de mãe a prole, estava lá em peso e entusiasmo, o que deu um ar mais descontraído à coisa, como se a Rita fosse (e é, pá, eu sei que é!) de carne e osso como eu (nós, está bem).

Vi-a mal entrei no café da Fnac e, recorrendo a todo o auto-domínio que fui capaz de conjurar no momento, não me prantei logo à frente dela a sorrir que nem uma parva e fui arejar as tranças para a literatura infantil (manteve-se portanto o tema rosa). Groupie sim, mas com respeito pela Autora (ó aqui a maiúscula). Depois de olhar aí umas trinta e quatro vezes para o relógio e ter ouvido a meneina da Fenaque lembrar o lançamento do livro com um sotaque que me fez sorrir e pensar "ai Rita, tu bês onde te bieste enfiare, muôça?" umas duas vezes, fui sentar-me na segunda fila. Quase à frente, que não queria perder pitada, mas com a timidez necessária a quem não anda por estas lides de lançamentos de livros.

Sentei-me, olhei para a Rita e, ó meus Deus, ela olhou para mim e rasgou um sorriso. Pensei imediatamente que me confundiu com alguém mas entretanto percebi que não, que estava mesmo a olhar para mim. A sorrir. Para. Mim. Sorri de volta e, claro, apaixonei-me um bocadinho (esta cena da blogosfera está a despertar a lésbica que há em mim, por exemplo, e mantendo o tema "Rita", tenho uma major girl crush pela Rita Dantas -- quem não tem?).

O resto da minha paixão veio quando, depois de fazer o primeiro lançamento de livro com filho ao colo (o puto é uma ternura, parece um anjinho barroco de beijinho em riste), a Rita se sentou, primeiro comigo enquanto autografou o meu livro e os da Sónia e da Cátia), e depois connosco, num grupo que também incluiu a Marília e a Maria João, e conversou um pouco sobre si, a sua fan-base nortenha que por ali ficou em adoração e conversa.

A Rita é o que escreve e é como escreve, alguém que eu convidaria para um almoço à beira-mar e para uma noite de copos, idealmente seguidos. Uma porreiraça em cor-de-rosa que eu gostaria de amigar. Porquê? Porque vi nela o reflexo do que eu quero ser: alguém que malabarisma o ser mulher com ser mãe, ser profissional, ser amiga, e ser amante. Ela nasceu em 75, tem dois filhos, e vive no estrangeiro. Check, check, check. Tem uma vida caótica mas ri-se disso. Check. Tem as mamas descaídas, varizes, e celulite. Check, check, check. Dizem-lhe ter quase quarenta anos e ser quase uma senhora, coisa em que acredita mas sente que não, afinal ainda ontem fez 26 e é, portanto, uma miss. Check. E a Rita sorri, sorri muito. Check.

Rititi & Rititi-boy, Fnac do NorteShopping, 20 de Julho, 2013

Rita, you totally rock! Rita, tu és cá do peito! Rita, quando eu for grande quero ser como tu!

4 comentários:

  1. Tão querida. Adorei estar no Porto con vocês, contigo, a sério. Foi mesmo giro, só tive pena de nao estar mais tempo com vocês na conversa. Fica para a próxima ida ao Porto, palavrinha.

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  2. Tão querida. Adorei estar no Porto con vocês, contigo, a sério. Foi mesmo giro, só tive pena de nao estar mais tempo com vocês na conversa. Fica para a próxima ida ao Porto, palavrinha.

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    1. Rititi,
      E o que eu gostei de estar contigo, hã? Que surpresa tão boa tu foste... e agora aqui... és mesmo tu!?
      Agora vou dar uns bordejos por Phoenix, mas quando voltar temos um date. Prometo não babar e ser um nadinha mais articulada.
      Sorriso!

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  3. Ahahaah!! Sou eu, sou!
    Bom regresso a casa e muita paciência com esse bicho que nao dorme.

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