Gosto muito do simbolismo da passagem de ano.
É como comprar um caderno e mal poder esperar por o estrear com uma caligrafia esmerada em nada semelhante à que maculará as páginas lá perto do meio, coisa entre o gatafunho e o risco quase legível.
Ano novo, ano a cheirar a fresco, até pelo frio que trazem as noites de Janeiro. E a novidade a trazer com ela a possibilidade de (re)começos que estiveram sempre ali à mão mas para os quais não havia força de vontade (ou vontade de fazer força).
Admiro quem faz listas, quem faz projectos, quem faz promessas. Quem entra em Janeiro de peito feito prestes a derrotar um moinho que não é menos gigante para quem o combate. Admiro sempre quem tem um propósito de mudança, normalmente para melhor. Não subscrevo a revista, mas nem por isso desgosto de ler um outro artigo.
Faltando-me uma lista de resoluções digna do nome, fico-me com uma wishlist piquena de não me falte a mim, aos que gostam de mim, e àqueles de que gosto saudinha e uns trocados nos bolsos para uns devaneios.
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