sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ainda mais posts natalícios? Oh yeah! #8

Isto de se ser português significa muitas coisas, desde o saber não direi as mil maneiras de cozinhar bacalhau mas pelo menos umas dez logo pela manhã e ainda a frio (à Brás, à Gomes de Sá, em pataniscas, em bolinhos, com broa, cozido, assado, em arroz, em iscas, com natas) até reconhecer que somos peritos na arte de deixar tudo para a última, coisa que séculos e séculos de evolução retumbou na skill tão portuguesa que é o desenrascanço (onde o termo em inglês abraça todo o pedantismo a que tem direito).
Mas isto de deixar coisas para a última, se às vezes pode dar para o torto, outras tantas dá para bem direito e com direito a surpresas deliciosas. Andava eu cabisbaixa, desinfeliz e pensando-me esquecida, andava mesmo - e pasme-se! - pessimista, coisa que é pouco habitual em mim mas tão comum à tal massa de portugueses que estas abordagens condensam em meia dúzia de características que é bom de ver acabam por não definir ninguém, convicta de que não iria receber o meu postal de Natal polar, quando ele me aparece em todo o seu esplendor azul de barretito vermelho:

Polar Postcrossing gang of 2011

A Dani do Stand up for your rights esmerou-se e mimou-me com um postal personalizadíssmo que não podia ser mais a cara deste estaminé e concomitantemente de moi. 'Tás aperdoada pelo envio tardio, chegou tarde mas valeu a pena, ah se valeu!
Foi muito engraçado participar nesta iniciativa nataleira da Pólo Norte e até Monsieur bolacha, rapaz bem mais circunspecto, achou piada ao meu entusiasmo. O meu postalito ajudou à quadripolarização do Natal da Petit Pain au Chocolat, que já por cá deu um ar de sua graça.
Acho mesmo que esta coisa dos postais ajudou a que tirasse o rabo da metafórica cadeira e enviasse um postal à Corrente de Sorrisos. É que eu sou gaja para pensar em demasia "um postal a quem tem um filho doente, mas estás maluca, em que é que isso ajuda alguma coisa, deixa-te maz'é ficar sugadita no teu canto e conta as tuas benesses, parece tolinha" e render-me às evidências de que um postal a quem tem um filho doente faz realmente muito pouco. Espero estar enganada e estes excessos de bom senso neorealista mal direccionados.
Mais posts natalícios, mi aguardem, nomeadamente riportagens fotográficas de Las Vegas e rubrica culinária com o prometido arroz de canard, de interesse pelo menos da Mariana, para uma barriguita cheia de coisas bauas.

5 comentários:

  1. Ainda bem que gostaste! :D
    Nos CTT disseram-me que iria demorar à volta de 5 dias, mas afinal passaram mais que 5 dias.. Cheguei mesmo a pensar que o postal se teria perdido algures no Atlântico, mas afinal não! :)

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  2. Dani,
    Os CTT não percebem nada disto. O Arizona fica longe p'ra caraças e tudo demora imenso a chegar, normalmente duas semanas (acho até que foi rápido, talvez por causa de mais pessoal empregue). Podes mandar mais...

    Pólo,
    A menina viu e gostou muito. Também gostou muito de ver o seu postalito no meio dos seus -- acho todavia que se perdeu o autocolante do urso polar.

    Um sorriso a ambas!

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  3. Olá

    Cheguei das férias do natal e tinha algo muito doce à minha espera.... adorei... e vou-me penetenciar em público... falhei o envio do postal de natal... :-(

    Obrigado pela tua simpatia, obrigado por seres como és, obrigado por este fantástico blog.

    Que 2012 seja para ti o ano de tudo o que sempre desejas-te

    Jorge

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  4. Jorge,
    Fico muito feliz que os mimos tenham chegado e ainda mais que tenhas adorado. Eu até já andava preocupada e a achar que algum funcionário dos correios se tinha apropriado das lambarices.
    Obrigada a ti pelo teu blog e tudo de bom neste novo ano que começa fresco amanhã!
    Um sorriso!

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