23 de Setembro, 2011

Dizem os mais bem informados que hoje começa o Outono.
Dizem os ainda mais bem informados que hoje, dia 23 de Setembro, é o Equinócio de Setembro que, como o nome indica, é o dia de Setembro em que há tantas horas de dia como horas de noite (bom, mais ou menos, porque as regiões mais afastadas do Equador têm um dia ligeiramente maior do que a noite uma vez que o sol demora mais tempo para se pôr, mas isso agora não interessa nada).
Hoje é, portanto, um dia que importa reconhecer.

(e agora, perdoai-me o aparte, tenho mesmo de vos contar de uma colega que me disse, aqui há dias, que se lembrava distintamente de eu, há não sabemos quantos anos, andar feliz pelos corredores da escola a desejar uma feliz Primavera (com maiúscula, agora e sempre!) a quem comigo se cruzasse. Disse-me ainda ter acordado exactamente com a mesma felicidade e ter ficado feliz por ter encontrado uma alminha igualmente contente. Tanto que nunca mais o esqueceu e nem essa característica minha, de saudar o mundano. Gostei muito que se lembrasse desse momento, não tinha ideia nenhuma.)

Mas hoje, dia em que o mundo e eu própria saudamos a chegada do Outono, estação das chuvas e do que mais, eu vejo no dia 23 de Setembro outro motivo para celebrar.
Há precisamente dois anos, mais coisa ou menos coisa dada a diferença horária, eu dava ao mundo a minha melhor obra, o meu piu-piu, a minha flor, a minha doçura, a minha ternura, o "meu amor pequenino maior do mundo", o meu Mimis.
Eram 13:13 (eu olhei!) quando aquele último empurrão fez sair do meu corpo aquele coelhinho esfolado que imediatamente me arrebatou. Lembro-me da explosão de amor que senti. Lamento, não o consigo descrever de outra forma. Foi como se um choque eléctrico me tivesse atravessado e deixado toda eu amor. Em cada poro, em cada pêlo, em cada órgão, membro, ou apêndice, em cada veia ou artéria, pequenas bolhinhas de amor tomaram conta de mim. Eu, rendida, só chorava e ria enquanto a abraçava, a minha pequenina.
A minha pequenina é hoje bem maior e já corre, e salta, e dança. E fala e canta! E diz coisas como "mamã", "papá", "fofó", "mais, please", e conta até cinco (é um génio!). A minha pequenina, amigos, é a coisa mais linda desta mãe, e é por isso que hoje vos digo, depois de um sorridente "Feliz Outono", um ainda mais sorridente "Feliz Dia de Aniversário da Mia!".
Eu bem disse que era um dia especial!