quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Maria Bê, B de Berbequim

Tenho a mania (outra mania, aliás mais uma) de que sou uma gaja independente e de que preciso pouco de gajos (a bem dizer só preciso deles mesmo para abrir frascos, mas ouvi dizer que já há por aí umas máquinas que tratam disso -- amantíssimo esposo, beware!).
Ora hoje, já indo alto o sol e eu com pouca produtividade, resolvi dedicar-me à berbequinagem (sempre tive alguma inveja de quem o faz, especialmente desde que li na descrição da Sô D. Rita Maria que este é um dos seus passatempos, coisa que a mim a faz soar imediatamente dez graus mais interessante, graus esses de uma escala por mim inventada agora mesmo e que não faz sentido esmiuçar, garantindo-vos apenas eu, inventora da própria, que dez graus são mais do que nove e menos que onze, como convém a qualquer escala que se preze).
Depois de questionada a minha amiga B., sobre a qual escreverei outro post docinho daqui a pouco (e este "pouco" tem a duração de um pacote de bolachas, que depende da hora, do dia da semana, e da fase da dieta, e que portanto é "consante"), arquitecta de renome mas mais importante que isso amiga de vir salvar as paredes de uma sua amiga de uns furos escusados e necessariamente furantes, com as consequências que isso tem para as ditas paredes e para os nervos de mamãe, e que ainda por cima concordou comigo sobre a mais adequada localização das sapateiras (HEMNES, Ikea) e das estantes (BESTA) que eu ainda hei-de comprar e montar, amandei-me à obra! E berbequinei, amigos! Berbequinei a medo e depois a contento. Berbequinei um, dois, três, quatro furinhos. Sem assistência para segurar no aspirador enquanto rebentava a cereja da parede*, eu fiz pó branco, cinzento, e laranja, eu consolei-me a enfiar a bucha (de oito mm) e depois o parafuso (naturalmente que entre uma e outro a própria sapateira, que ainda não me deu para decorar as paredes somente com buracos, buchas e parafusos, mas tenho p'ra mim que até se podem fazem desenhos bonitos e dali sair uma instalação bem jeitosa (em que o termo "instalação" se deve entender no sentido artístico e não no sentido trolha)). Ficou lindo, só vos digo, um trabalhinho de amor.
E as sapateiras também lá estão muito bem.

*No original to pop someone's cherry, o que quer dizer a modos que... tirar-lhe a virgindade.

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