quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Trinta e seis, quase trinta e seis

Hoje é dia 17 de Agosto.
Hoje, no dia 17 de Agosto, começa o countdown mental para o meu aniversário, que será daqui a precisamente dois meses.
Hoje porquê? Porque ontem, a outra metade da minha toranja, a minha Kate, fez ela própria anos, e eu sei que do aniversário dela até ao meu é um pulinho pequenino, um saltinho gracioso de elefante (de nenúfar em nenúfar).
Estão quase aqui, os trinta e seis, idade que ontem lhe dizia ser o início (não do fim, pois que os quarenta são os novos trinta, ou serão os novos vinte?) do apogeu da (nossa) sensualidade, chamei-lhe mesmo a idade Marilyn. Diz mamãe, mulher que sabe destas e de outras coisas, que até aos 42 é sempre a subir e que depois, bem, o depois vem isso mesmo e nunca se encontra com o presente que é o aqui e agora.
Quer como a tímida Norma Jeane, quer como Marilyn, a mulher que dormia com apenas umas gotas de Chanel 5 ficou no meu imaginário (e talvez no de tantos) como uma figura que se movia devagar, que sorria devagar, que falava devagar (ideia que de certezinha absoluta há-de ser da exclusiva responsabilidade dos slow motion sugestivos de mulheres que pestanejam devagar, abrem a boca e lambem os lábios devagar, saem do mar caminhando devagar...). Não sei se saberia o que dizia ou se seria uma tontinha que Hollywood, a Vogue, e a sua morte mistificaram, mas o certo é que vejo Marilyn e o meu coração quase salta uma batida. O Happy Birthday que cantou ao Mr. President é o mais sexy de que há registo -- desafio-vos já aqui e agora mesmo a encontrarem um ainda mais!, ou não fora ela a sexta mulher maior estrela de cinema de todos os tempos (assim classificada pelo American Film Institute), coisa que até não tem nada a ver com a outra mas vão deixar-me terminar assim o parágrafo, sem me arreliar, que daqui a dois meses eu faço trinta e seis anos e isso já me dá algum respeito (ao menos isso).
Os trinta e seis estão quase aí e eu nunca dormi com umas gotas de Chanel 5. A bem dizer, há dias em casa da minha avó servi-me do frasquinho e senti-me mais doninha fedorenta do que sexy e voluptuosa. Talvez não seja para todas o Chanel 5. Ou talvez um dia. Talvez aos trinta e seis, porque hoje ainda (só/já?!) tenho trinta e cinco.

2 comentários:

  1. eu concordo que esta é a idade do apogeu... temos experiência, temos provas dadas, e muitos (bons) anos pela frente para 'curtir' a vida!...
    ...ou não fosse eu também fazer trinta e seis daqui a uns mesitos :-)

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  2. Bee,
    A meu ver, temos duas opções. Ou acreditamos que sim, que o apogeu 'tá já aí ou resignamo-nos, cruzamos os braços, e desistimos pois que já nos estamos a apoderar dos trintas com a boca toda. Eu escolho abraçá-los com força e gozá-los bem, ainda somos muito novitas. Ainda há meses tinha 26...
    Trinta e cinco sorrisos!

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