domingo, 10 de julho de 2011

Bzzzzzsy*

Quem me desse um valente estaladão pela peregrina ideia de fazer estas duas viagens back-to-back fazia-me um grande favor. Creio que posso mesmo ir mais longe e afirmar que faria um grande favor à sociedade em geral, pois que evitaria algum streco adicional nesta já tão destrambelhada Maria que, infelizmente, não vive isolada no meio do monte (que era onde mamãe me aconselhava a viver sempre que me queixava que as pessoas são muito barulhentas/mal educadas/pouco civis ou qualquer combinação similar) e por isso tem o ocasional encontro com membros da sua espécie (os canídeos e gatitos, curiosamente, não despertam em mim estes suores quentes que me fazem querer levar o mundo à frente, muito pelo contrário, podendo nós aqui entretanto incluir coelhinhos, borboletas, e beija-flor, mas não, absolutamente não, pássaros em geral, e os beija-flor a um mínimo de três metros, se faz favor).
Ando estupidamente ocupada com a chegada da California e esta ida para Portugal. Com coisas pequenas, médias, e grandes, foge-me o tempo enquanto vou ao banco fechar uma conta porque o banco me quer cobrar uma taxa de manutenção (querias!), enquanto vou ao correio enviar a máquina fotográfica que vendi na Amazon por um preço ridículamente baixo o que quase me fez voltar atrás e dar o dito pelo não vendido e depois logo se vê (ainda pensei perguntar aqui pelo blog, mas temi que o espírito mercantil e utilitarista desencantasse alguns leitores e antes prefiro vender a máquina barata e o sellers remorse a cair em vossas desgraças -- era uma Panasonic Lumix ZS3, azulzinha, linda, novinha em folha ainda que oferecida pelo marido há Natal e meio), ir lavar o carro (pedido nada pedido e antes mandado, que gaja que é gaja consegue reconhecer pedidos que são mais ordens vocalizadas pelos amantíssimos esposos, estava a fazer-lhe confusão o pó no seu popó, que mesmo em bis não combina com o poeirame que se lhe colou em virtude da tempestade de pó que assolou Phoenix aqui há dias).
Mais compras, compras, compras de última hora.
São os chocolates, os livros e boneco novo para entreter a miúda, uma máquina fotográfica novinha que de tão pequenita a gente mal dá por ela (que estava esgotada em preto em duas das lojas em que procurei e que me fez ir a uma espécie de Continente/Rádio Popular só de electro-coisas imensa e imensa e enorme de tão imensa, que uma gaja quase precisava de GPS para se orientar -- e eu sou gaja que se orienta muito bem, foi ver-me em Amesterdão aqui há atrasado (ai o que eu queria usar esta expressão desde que escrevi há dias ali em cima a propósito do carro) a encontrar o caminho de volta para o hotel depois de não sei quantas voltas, já de noite, e sabe-se que de noite todos os gatos são pardos, e então em Amsterdão até os há multicoloridos e bem ganzados).
Ainda tive de ir à loja devolver a aliança que voltou demasiado folgada e é fazer favor de, uma vez alargada em uma medida, apertá-la em meia, pois que os meus dedos estão mais anafados (mais um dos souvenirs da gravidez, assim como os pés mais crescidos em meio número que me fizeram olhar para as All Star dos Grateful Dead, usadas uma única vez!!! com olhos quase lacrimejantes).
E depois as malas, a escolha da roupa que vamos usar e aquela que ainda levo para oferecer às meninas da confeitaria e que tiveram duas meninas (uma menina cada uma) mais ou menos em Dezembro do ano passado. Odeio fazer malas, sou minuciosa, chata, obcecada com a organização desde que no Porto, aquando da passagem pela alfândega e conseguente revista das malas, me caíram umas cuequinhas (e acreditem que o diminutivo é necessário, aquilo nem pano tinha para tapar a primeira sílaba) ao chão, à vista de toda a gente, um embaraço (e é por isso que agora tenho sempre um saquinho para a roupa interior).
E por falar em afazeres, vou-me fazer aos eres pois que já são nove da manhã e a mini-bolacha já acordou.
Cheers, be back soon -- estou a treinar o emigrantês.

*Ocupada.

1 comentário:

  1. Um estaladão? ora toma lá dois: trás, trás.
    Pronto, "játá".

    ResponderEliminar