quarta-feira, 8 de junho de 2011

Famílias, cada uma tem a sua

Ia escrever sobre relações familiares.
Cheguei a escrever que cada vez mais acredito que não há famílias perfeitas como a da branca de neve e dos sete anões -- ainda que uma gaja a morar com sete gajos é, no mínimo, suspeito, e não me digam que nunca vos ocorreu que há um anão para cada dia da semana, consoante o lado para que acordou a donzela, mais alérgica, zangada, feliz, dorminhoca, mestre, dengosa, ou dunga.
Mas o que realmente me apetece escrever é que hoje, pela primeira vez, vi um vídeo do meu sobrinho, filho do irmão do meu amantíssimo esposo. Importa dizer que o meu sobrinho nasceu a 5 de Janeiro de 2011, portanto tem já cinco meses.
Este conceito familiar norte americano não me entra na cabeça nem à marretada.

8 comentários:

  1. Jonas,
    Moram em San Jose, na California. Mas o email faz com que seja ao virar da esquina.
    Eu, todas as semanas, todas as santas semanas, envio fotos e vídeos da minha pequena aos meus amigos e família. Todas. Tipo melga. Vêem-na crescer, ontem viram-na a aprender a dizer "cake", com o pai.
    Bem sei que isto revela mais uma característica pessoal do que nacional, tenho uma prima de sangue que me faz o mesmo, mas a isso eu chamo de estupidez natural.
    Não me entra na cabeça este não envolver as pessoas, pá, não entra.
    (se calhar hoje estou de neura...)
    Um sorriso pensativo.

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  2. Não sei se tem a ver com as nacionalidades ou se tem a ver com a personalidades :)

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  3. Jonas,
    Como sempre, acertas na mouche. Isto só vem demonstrar que a estupidez não é limitada pelas fronteiras geográficas ou culturais.
    Mas há uma forma mais americana de viver a família por cá, talvez por os US serem tão grandes. É normal as pessoas viverem longe, muito longe, e passarem anos sem se verem. Há dias uma senhora, no supermercado, depois de me perguntar a idade da minha filha, comentou que era da idade da neta que não via desde o nascimento. Não entra na minha cabeça, não entra...

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  4. Eu acho que tem a ver com as pessoas mesmo, eu raramente falo com o meu irmão que mora lá na gloriosa Azeméis, que fica a 300 km e falo com a minha mãe quando ela me liga.

    A minha sogra viveu até há pouco em Montreal, a minha meia laranja falava com ela quase diariamente pelo Skipe ou por telefone.... e fala muito mais vezes com a minha mãe que eu.

    Conclusão, eu sou um desnaturado.

    Jorge

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  5. Jorge,
    Mas tu és de Oliveira? Ou foi só o teu irmão quem a adoptou (ou se deixou adoptar)?
    Ena pá, isso é que é uma família espalhada! A malta num gosta da santa terra?
    Sim, és um filho desnaturado. Com as letrinhas todas.
    Vai lá telefonar à senhora tua mãe, que te deu à luz -- como eu gosto desta expressão! -- e que já gostava de ti ainda antes de nasceres. Anda lá, vai. Ainda estás aqui? Já pegaste no telefone? Olha que a minha mãe vai ler isto e depois vai-me perguntar -- são umas chatas, as mães, pá!
    Hum... já ligaste?
    Meio sorriso daqui. O outro meio depois de dizeres que já ligaste!

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  6. Se isto fosse no SAPO agora utilizava aquela emoticon com o sorriso amarelo ... mas eu ligo..

    Eu sou mais ou menos um cidadão do mundo, há uns tempos escrevi um post sobre as casas em que já vivi ...e a conta ia em 15 .... distribuídas por 4 cidades de dois países ... mas se a santa terrinha é o lugar onde nascemos, eu nasci num lugar chamado Nespereira de Cima, Freguesia de Palmaz, Oliveira de Azeméis :-)

    Agora... vou ali pegar no telemóvel.. que não queremos as mães tristes.

    Jorge

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  7. Jorge conterrâneo,
    Então conheces mesmo os pasteis de nata da Ideal!!!
    Acho que sim, a "santa terra" é o lugar que nos viu nascer. E depois há aquela ou aquelas que vimos a tomar como nossas e enfim chamamos casa. Eu ainda procuro a minha...
    Fico feliz que tenhas ligado à tua mãe, são umas chatas (pelo menos a minha), mas correndo o risco de soar popularucha, mãe é mãe. Eu desde que fui mãe deu-me para isto...
    Um sorriso oliveirense!

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