O mundo divide-se entre as pessoas que, uma vez preparada a massa dos brownies, lambem o batedor e as que não o lambem. E quem diz o batedor diz o salazar.
Salazar?
Hum... Sabeis o que é um salazar? Antes que se agitem os vossos glóbulos brancos reparai que salazar está escrito em minúsculas. Salazar, agora escrito em maiúsculas porque está a começar a frase e eu não sou moça de escrever tudo a eito em minúsculas, é uma espátula. Neta e sobrinha de pasteleiros que, isso sim, sou, convivo com eles desde que me lembro de comer bolos de arroz.
E receita do bolo de chocolate, perguntais. Dás? Claro que sim: dois ovos, meio copo de óleo vegetal, um quarto de copo de água, um pacote de premium brownie mix de chewy fudge da Duncan Hines, ternura para misturar tudo e já está. Uma delícia digna da redundância deliciosa.
Sobre esta rubrica "o mundo divide-se em", permiti-me um aparte.
Não me lembro bem como começou esta minha brincadeira com a categorização das gentes entre isto ou aquilo. Estaria talvez num momento de maior distracção, perdão, introspecção, perdão de mais nada para fazer quando pensei que, perante uma escolha, mais ou menos corriqueira, seja por hábito, convicção, comodismo, fé, ou constipação, optamos por uma alternativa e nos posicionamos num dos lados da trincheira.
Claro está que bem antes de mim (e infinitamente melhor) o Woody Allen se saiu com a divisão do mundo entre pessoas boas e pessoas más, as boas que dormem melhor e as más que se divertem muito mais quando acordadas, mas eu não posso propriamente sentar-me e a cruzar os braços só porque alguém já embarcou numa aventura que eu também quero experimentar, excepção feita aos brownies da Duncan Hines, que eu acho impossível sequer igualar e por isso compro na caixinha em vez de preparar from scratch, como por cá se diz.
Estava todavia lançada a pensar que tinha descoberto a pólvora na blogosfera quando me apercebi, como é inevitável nestas coisas, que alguém já a tinha encontrado e se consolava a debitar aforismo atrás de aforismo com uma perspicácia que eu
Sou das melhores rapadoras de tigelas que há. Juro. Mas a última rapadura da massa de bolo nunca vai parar à forma, mas directamente à boquinha santa da je ;)
ResponderEliminarI.,
ResponderEliminarAqui em casa ontem raparam-se o batedor, o salazar, e o pouco que o gajo deixou na tigela. Desde miúda que tenho uma pancada pelos salazares, sempre adorei a capacidade que têm de deixar limpinho o vasilhame. Ainda só tenho dois, mas pretendo aumentar o número.
Um sorriso!
Tolinha!
ResponderEliminarNão somos do século de inventar as palavras... ;)
beijinhos
(eu rapo as colheres de pau, as varetas da batedeira, tuuuuudo. Só não rapo as lâminas da Bimby porque sou loura mas não tanto. ;))
Pólo Norte,
ResponderEliminarNã, nã, nã! Há que reconhecer quem faz (melhor) o que nós também nos propomos a fazer! O que me custou ler o teu post de lamber ou não as tampas do iogurte, a minha filha tinha-o feito nessa mesma manhã e eu estava lançada para dividir o mundo assim. Achei muita graça à coincidência.
Hum... posso começar aos saltinhos por vires aqui deixar um comentário ou deixo para mais tarde?
Um sorriso!
Maria Bê,
ResponderEliminarTu salta para aí, milheri!
Beijinhos com sorrisos de quem lambe as tampas do iogurte, as varetas da batedeita e lambe tudo que é uma lambona... ;)