Ontem houve um jantar formal cá em casa. Quer-se-dizer... formal, formal, formal, não foi, mas também não foi informal. Meu amantíssimo esposo, aproveitando o ensejo da visita do pai de uma sua orientanda, quis convidá-los para jantar. À orientanda, ao pai, e a um post-doc simpaticíssimo para ajudar à tradução. É que o pai da rapariga, visitando da China, não falava inglês.
Depois de preparado o jantar e arrumada a cozinha, como (boa) académica que sou, dediquei-me ao estudo da arte de bem receber chineses. É que mesmo sendo criatura a quem falta algum refinamento, não me falta assim tanto para perceber que nestas coisas dos fondues culturais é muito fácil meter os cotovelos pelas orelhas. E houve um aspecto particular que chamou a minha atenção. Ora reparai a ver se também não chamaria a vossa:
O que me levou a concluir que portugueses, chineses, e americanos têm bem mais coisas em comum do que eu pensava...
Eu gosto muito destes encontros multiculturais. Estas ocasiões são, aliás, um dos aspectos de viver nos EUA que eu mais aprecio, o de poder partilhar experiências, pontos de vista, estórias, e aventuras com pessoas de mundos tão diferentes do meu.
O jantar? O menu em três partes... Parte primeira, fatias fininhas de queijo cabra e brie, ao lado umas nozinhas de doce de pêssego, a acompanhar umas fatias de pão sourdough, bolachas de sementes de sésamo e, como afinal estamos nos EUA, Tostitos sabor a lima. Parte segunda, arroz de pato confeccionado com carinho e forno a gratinar os bocadinhos de bacon, a acompanhar uma salada de alfaces várias e folhas de rúcula com vinaigrette de romã. Parte terceira, salada de frutas com ananás, manga, meloa e laranja, a acompanhar um bolinho de iogurte natural, pouco doce, bem ao gosto dos convidados e da malta da casa.
*Olá em mandarim, literalmente ni = tu e hao = bem. No plural nimen hao.
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