quinta-feira, 17 de março de 2011

E tu, para onde levas o teu telemóvel?

Não havendo (ou não me ocorrendo) uma tradução, Potty talk  pode traduzir-se como conversa de casa-de-banho. Potty é o termo que normalmente se usa com as crianças para referir a casa-de-banho. 

Eu já para aqui vim dizer que gosto muito de ler na casa-de-banho.
Ah sim, a casa-de-banho é um local onde passo imenso tempo e me dedico a várias actividades, das menos às mais necessárias, ainda que a classificação seja ambígua em determinadas categorias. Atentemos, por exemplo, à problemática da aplicação da maquilhagem. Para mim, estar sem maquilhagem é quase estar sem lavar os dentes. Sair à rua de cara lavada, então, nem pensar, dada a enorme probabilidade de ainda assustar alguém até meio caminho entre o mero pânico e um ligeiro ataque cardíaco. Já o mister bolacha, pragmático e fofo que nem ele, não raras vezes questiona a sua precisão dizendo-me, e já se sabe que o marido não fala português, "but you are already so beautiful, you don't need any of that!". E ele tem toda a razão, meus amigos, uma vez (bem) maquilhada eu já não preciso da maquilhagem para nada.
É portanto a casa-de-banho palco de muitas actividades, das mais lúdicas às mais utilitárias. Concentremo-nos por um instante nas primeiras. Ele é o ler, que de tão vulgar até já foi tema de post, ele é o ouvir música, ele é o pensar na vida, ele é jogar joguinhos no IPhone (do Physics, obrigada Bruno! ao Freecell, no qual sou viciada desde o terceiro ano da licenciatura)...
Esperai lá, alguém falou em levar o telefone para a casa-de-banho!?
Pois é, meus caros. Tal como 56% dos donos de telemóveis inquiridos pela Kathryn Koegel do Advertising Age, eu levo o meu telefone para a casa-de-banho (onde é que acham que ouço a música!?). Não sei como é que a rapariga organizou o seu inquérito e nem quantos foram os respondentes, não quero saber disso para nada. Também não quero saber se incluiu perguntas de controlo para saber se lhe estariam a dizer a verdade ou se os inquiridos trancaram a portinha da casa-de-banho bem trancada e até ligaram a ventilação para não se ouvir nada dos seus assuntos, que não é à toa que os brasileiros lhe chamam "privada".
Mas voltemos aos detalhes "pouco higiénicos" (termo da própria) que a Kathryn descobriu. O que faz a malta com os seus telefones na casa-de-banho, perguntais vós curiosos, o que aliás eu vejo como sinal de futuro promissor a fazer investigação e portanto só abona a vosso favor (passe o pleonasmo).
Cerca de 70% dos inquiridos confessa aproveitar o seu momento de relaxamento para botar a conversa em dia (o que cá entre nós dá depois lugar àquele tossir ou falar mais alto aquando do momento de puxar o autoclismo). Não havendo lugar a conversas, 62% aproveita para mandar uns sms, que também são simpáticos e evitam o tal momento desagradável do autoclismo e possivelmente a perguntinha embaraçosa "onde é que estás?" ou "o que estás a fazer?". Mais... 27% admite jogar e 20% aproveitam para ouvir música.
Conclusão: eu sou tão normalzinha...

Nota: Encontrei a referência a este estudo no blog Beijo na Boca. Merci Kiss Me (é o nom de plume da rapariga, deixai-vos de achar que estou à cata de beijos -- se bem que se quiserem muito, o meu email está aí no cantinho inferior direito)!

2 comentários:

  1. Confesso, eu aproveito para me actualizar na minha novela! Ha que rentabilizar o tempo...
    Genial este post! Kiss

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  2. Beijos. Beijos e mais beijos.

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