O tempo, o tal que ajuda a curar todas as feridas, é um gajo tramado. É um gajo que só sabe exigir e que pouco nos dá em troca. Pouco, sim! Eu quero lá saber do saber de experiência feito, quero lá saber da maturidade. O que eu sei, assim de repentemente, é que tempo traz dores nas costas - nas cruzes, pá!, o tempo traz rugas, o tempo traz cabelos brancos (se bem que eu acredito que se não os vejo, então não os há!). O tempo coça-nos as peças, é o que é, que eram tão lindas e tinham tanto brilho quando eram novas e funcionavam tão bem. O tempo enferruja-as, gasta-as, obriga-nos a procurar médicos, fisioterapeutas, curandeiros, o que seja, em busca do adormecimento ou da cura das maleitas.
Ontem foi a vez da Zézinha, que foi ao mecânico trocar uma peça. A Zézinha, senhora com uns provectos 83 anos e esposa amantíssima do Zézinho, gastou um seu joelho a dançar a vida, a calcorrear calçadas, passeios, estradas e montes. O que me fez pensar...
A Zézinha, do alto dos seus 83 anos, tem uma peça nova, o que a faz, toda ela, e nem que seja só um bocadinho, à custa das médias, mais jovem. E mais: se pensarmos em toda a fisioterapia que por aí vem e que a vai pôr como nova, ao joelho e, quero pensar, a mais qualquer coisa que seja necessária, a Zézinha vai ficar nos trinques! À Zézinha, acho eu, daqui por uns tempos, ninguém vai dar mais que 73! Zézinho, põe-te a pau!
Um beijo muito grande, um abraço muito apertado aos dois. As melhoras.
Obrigada.
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