quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Nisto de voltar ao perfume em que se foi feliz

Ou infeliz, dá no mesmo.

Há pouco cheirei um daqueles papelinhos que vem com algumas revistas -- neste caso até foi um folheto promocional da Ulta, que é uma espécie de loja Wells -- e lembrei-me de quando o usei, algures a partir do dezasseis anos e durante, talvez, uns dois ou três anos. Era um papelinho do Trésor, da Lancôme, que entretanto foi substituído pelo Jaipur, da Boucheron, que usei durante a licenciatura e eventualmente depois durante o mestrado. Ainda me aventurei por um perfume cuja marca foi tão importante que eu nem me lembro e depois foi a vez de me derreter toda com o Light Blue, da Dolce & Gabbana, que mamãe ofereceu para marcar o início do doutoramento, estávamos em 2002 e o perfume era ainda desconhecido. E como me marcou! Lembro-me inclusive de várias pessoas me perguntarem o que usava, que cheirava tão bem.

Depois do doutoramento descobri a Hermès e nunca mais quis outra coisa. ele foi o Eau des Merveilles (há lá nome mais bonito?), o Jardin sur le Nil, e finalmente o Kelly Calèche, tão eu. Interessante sobre este último foi descobrir que também era o perfume da Rita, que me fez senti-la mais real e mais comigo.

Até que, com os miúdos, foi-se a capacidade de gostar de cheiros (em mim) tão intensamente como dantes (dantes?!). O Emporio Armani Lei, de que eu tanto gostava, e que era o cheiro da loja Friday's Project (ou assim me parecia), fazia-me atravessar para o outro lado do corredor e passar bem encostadinha à porta da loja em frente (ainda hoje e só de pensar nisso sinto uma ligeira náusea, blergh).

Actualmente, e porque ando estranhíssima nestes meus afectos do olfacto, adoro o Candy, da Prada, e consolo-me com o seu cheiro adocicado, que não tem nada a ver comigo (ainda que saiba de fonte segura que sou "dulcíssima" -- é acreditar, é acreditar!). E agora ando em conversações comigo mesma sobre a Eau Première da Chanel, o que não faz sentido nenhum porque também é muito doce. Manias. Tenho outras.

2 comentários:

  1. Isto de perfumes tem muito que se diga. Neste momento estou num impasse, acabou-se a minha Acqua di Gioia e não sei se compre mais um ou se me aventuro para outro perfume. (Notas soltas: Também eu usei o trésor e a Stradivarius cheira a Raid)

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  2. Pronto, já sei de onde vem a nossa afinidade Boucheron... Ele foi Jaipur, ele foi initial, ele foi trouble (a minha perdição), ele foi classic... Mas foi descontinuado o trouble e eu deixei... tb já andei pelo emporio armani, code, mas o cheiro não se dá bem com os trópicos e desaparece muito rápido na minha pele...Agora voltei ao meu primeiro perfume: Opium do Yves Saint Lauraint, será o fim de um ciclo, ou começo de outro?!? a minha são metáforas senhora, são metáforas...

    Beijos da cidade das acácias,

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