Há pouco, enquanto instalava o software da máquina fotográfica no computador, a minha filha veio ter comigo e pediu-me "ápis" (lápis). E lá foi ela, toda lampeira, para a sua secretária, pois que só aí pode dar asas ao Picasso que há em si. Eu fiquei na minha secretária a olhar para ela, as barras da instalação do
software a ficarem mais e mais cheias de verde, a contagem decrescente a decrescer, como esperado.
E, vindo do nada, aquele soneto da Florbela Espanca tão bem cantado pelo Represas começou a tocar na minha cabeça:
E é amar-te assim perdidamente
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Há dias em que percebo tão bem a mãe (entenda-se, a sua tolerância para comigo, que ando impossível).
P.S. Este post também se podia ter chamado de "Fartura, uma definição": no escritório cá de casa há três secretárias, a do marido, a minha, e a da pequenita (a mais bonita):
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Secretária da mini bolacha, 9 de Outubro, 2011 |
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