segunda-feira, 27 de junho de 2011

Much to do about nothing*

A propósito do vídeo de como usar um cachecol/pashmina/écharpe, mamãe envia-me prontamente um email (mamãe é dada a estas modernidades, até facebooka!) a perguntar se me falta inspiração para escrever.
Mamãe (e vós que me ledes, sempre tão simpaticamente), não me falta (só) inspiração, falta-me tempo. Como consta do contómetro aqui ao lado, faltam umas meras duas semanas para voltar à pátria, e nessas duas semanas a família bolacha ainda vai dar um ar de sua graça por muito lado.
Se na Segunda vamos, mini-bolacha e sua mamãe, à Ironwood Library logo pela fresca ouvir contar histórias, já na Terça todos os três (para parecermos muitos) deixamos para trás a muito quente e soalheira Phoenix e rumamos à Califórnia, mais precisamente a San Rafael, uma terriola lindíssima onde pululam colinas de onde em onde a que os muitos veados chamam casa (pormenor de somais importância quando se conduz à noite) e que fica a cerca de 20 milhas (32 km) a norte de São Francisco. Esperam-me dias de leitura, lazer, caminhadas vigorosas, e overall dolce fare niente em casa dos sogros. Só de pensar nisso até sinto a preguiça a invadir-me os dedos. Nunca me esqueço que o primeiro livro que li depois da minha filha nascer foi lá, a miúda devidamente tratada e brincada pela avó paterna e eu finalmente com tempo. O livro o In Cold Blood, do Truman Capote.
Agora que penso em livros, tenho o desafio da Rita Maria para responder há que tempos... ai que ela me despede de blogo-compincha e depois é uma chatice (para mim). Não passa de amanhã!

*Trocadilho com o título da peça "Much Ado About Nothing", ou muito barulho por coisa nenhuma, do William. Da família dos Shakespeares, os tais que viviam em Stratford upon Avon. E nope, se o tal do rio Stratford ficar para os lados do Oriflame então é porque não são os mesmos.
Quando me dá para escrever estas palermices é certinho que está na hora de fechar o computador e ir dormir.

1 comentário:

  1. Diz à mamãe que por aqui há quem admire a tua fantástica capacidade de tornar qualquer coisa num post com graça e de leitura interessante.

    Jorge

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