Fonte: Caras.pt |
Com a blogosfera ao rubro, e com "blogosfera" quero dizer um ou dois, quiçá três blogs que visito com uma regularidade que outros poderiam classificar de obsessiva se eu para tal lhes desse confiança a comentarem as mamocas da Bárbara no programa Portugal Tem Talento, eu tive de ir ver.
É que, meus amigos, eu sou perdida por duas coisas, não necessariamente por esta ordem ou talvez sim, mamas e celebridades portuguesas, e então desde que moro nos EUA, refinei. Ora juntaram-se as duas à esquina de uns textos e pumba, dá uma rapariga uma escorregadela tecnológica até ao google e pesquisa a Senhora Dona Bárbara e a outra senhora, Lady de seu primeiro nome artístico, Gaga de sobrenome, ainda que o que rapariga não é é gaga, ah não senhora, que até fala muito docentemente e canta que é uma maravilha para quem gosta do estilo, e eu cá até gosto, faz-se-me ter vontade de agitar a molécula, o que é uma coisa muito boa de se fazer, e já de se ver não sei, mas os dez anos de ballet que tenho no lombo hão-de ter servido para alguma coisinha e não somente saber o que é um plié, um chassé, ou a posição de attittude, e não, nunca fui capaz de um fouetté e sempre me vi tramada com as mais simples piruetas (será que devia ter escrito pirouettes?).
Mas voltando ao púgrama do talento em Portugal, ou quiçá muitas vezes falta dele, que eu sempre que vejo um programa americano ser adaptado em Portugal fico com uma sensação de vazio no estômago, se bem que uma vez até segui os Ídolos, quando a Cláudia estava grávida, e até gostei muito e só tive pena que não ganhasse a Diana, que bem se nota era a minha predilecta e portanto sabia cantar muito melhor que o outro que ganhou, o puto, não sei como se chama(va). Bolas, esta minha memória...
Mas voltando ao talento, li na Caras.pt, pasquim de conteúdo valiosíssimo, que Bárbara se sentiu "muito feliz por ter trabalhado para mostrar em palco algo diferente", adiantando também que participou em ensaios durante cerca de uma semana, mais tendo sido "submetida a longas horas de caracterização de forma a conseguir chegar ao resultado apresentado".
Gostando "de tudo o que é diferente", nas palavras da própria, Bárbara diz ainda que lhe deu "imenso prazer transformar-[s]e em Lady Baba", notai aqui a adaptação do Gaga para Baba, e nem por isso Bábá, que creio lhe assentaria bem melhor e se não estou em erro de facto lhe assentou quando mais chavalita.
Ora a Bábá, desculpem não lhe consigo chamar Baba, está um portento do alto dos seus 38 anos, dois filhos, e um marido que anda por longe, longe, longe, e falo eu cá de experiência que namorar um marido à distância não é fácil, e nem andar de avião com malas e mais malas atrás é chique e/ou elegante, se bem que tenho a certeza que a moça e eu viajamos em contextos -- leia-se classes -- diferentes e com luxos, no meu caso clara falta deles, igualmente distintos.
Mas Bábá, que foste tu fazer, rapariga? Num havia necessidade, rapariga, tu que és tão chique agora foste pôr-te nesses preparos? Ainda por cima a fazer um play back tão pobrezinho que até se me eriçaram os pelos dos braços, pá? Eu não sou propriamente fã de pedir autorização ao marido, ou perguntar em demasia a sua opinião, porque gaja que é gaja até tem a sua e dá-a quando quer e bem lhe apetece, mas moça bonita, se calhar desta feita devias. É que há figurinhas que a gente faz em privado, karaokes mais gingados, por exemplo, mas não as traz a público. Queres armar-te em pop star, arma! Queres brincar ao Glee club, tu brinca! Agora faz isso tudo no aconchego da tua sala, não venhas assim para a de toda gente, que eu gosto de pensar em ti como nos reclames da L'Oréal, a usar aquele verniz vermelho vivo, o número 500, de que eu tanto gosto e já usava ainda mesmo antes da tua publicidade mas agora, de cada vez que sou elogiada respondo "é o da Bárbara!" como se tu o usasses mesmo no dia-a-dia, que tenho para mim que és mais transparente ou branco suave, ou então como nos reclames da Chaumet, sempre tão glamorosa, estilo e elegância personificados, já nem tanto dos reclames dos bancos, que acho serem demasiado povo para ti. O que te vale são mesmo as mamas, rapariga, que eu fiquei tão em transe que até me esqueci do quão de mau gosto foi actuação.
Daqui se pode concluir que a inveja faz coisas muito tristes às pessoas, no caso em apreço a inveja das mamas da Bárbara... e da altura, já que estou numa de sinceridade. E, se querem saber, do patrocínio da Chaumet...
(Eu prometo que um dia venho explicar a minha fixação por mamas.)
O que foi isto? O nosso paísinho nao pára de me surpreender!!!
ResponderEliminarKate,
ResponderEliminarÉ para veres ao que chegámos. Mas enfim, a rapariga sempre tem de fazer pela vida, não esquecer que é a malta da SIC que lhe paga o cachet, e até estamos em época de crise... e, deixando-nos lá de tretas, ricas marufas, huh?
Um sorriso!
A vida é assim mesmo: um belo dia, mais cedo ou mais tarde, todos engolimos sapos, fazemos figurinhas tristes ou até outras coisas que não lembra ao diabo, e porquê? ora, porque é o boss ou alguns "iluminados" que assim o determinam. Por tantos e por tão poucos é que o n/ povo diz na sua douta sabedoria:- "Quem pode manda e quem é inteligente obedece.
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