São dez e quarenta e quatro da noite e eu já estou cheia de sono.
A verdade é que dormi mal esta noite, se é que posso chamar àquilo dormir. Acho que sim, que dormi, pois que sonhei, e a presença do sonho é quase que uma prova irrefutável do sono, excepção feita a quando se sonha acordado, coisa que vou fazendo amiúde para não perder a prática. Pois então acho que sim, que dormi um bocadinho, o suficiente para sonhar que levava o meu bichinho ao doutor que amorosamente o reparava.
A realidade não foi bem essa e o meu bichinho continua mal. O problema está na incapacidade que tem de encontrar a rede wireless. Pelo menos neste preciso momento, porque durante quase todo o dia, nem com o cabo enfiado num certo sítio que eu cá sei, a internet deu sinal de vida. Nada, zero, só a mensagem de erro que de tão triste quase me deu vontade de chorar. Queria reproduzi-la aqui mas não me lembro, acho que a experiência foi tão traumática que a bloqueei da memória.
Agora já depois de jantar, nem sei graças a que divinos ares, o computador gostou que mais uma vez lhe ligasse o cabo de rede e conectou-se ao mundo. Talvez tenha tido saudades, que ele é Brutus só de nome e, quer-se-me parecer, um bocadito piegas e dado ao sentimento.
Somos amigos de longa data, essa é que é essa. Entre tantas aventuras, até já escrevemos uma tese de doutoramento. É coisa para criar vínculo férreo, não é? Tenho cá para mim que esta cena toda advém dos rumores que na minha vida vai haver outro, um Vaio todo lindo. Mas Brutus, querido, não é vês que só porque o outro é mais bonito e novo e rápido e eficiente e genericamente melhor, isso não quer dizer que não goste de ti?! É que... bem... sabes... o outro é mais bonito e novo e rápido e eficiente e genericamente melhor... Enfim, espero que amanhã já esteja melhor da hormona e se deixe destas parvoíces.
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